GEARE

Participação da DEPI – GEARE no SEMEIA 2022 rende visibilidade para programas de sustentabilidade na universidade

Desde 2016, a GEARE participa da Semana do Meio Ambiente – SEMEIA, com a Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura Municipal de Campinas, com ações socioeducativas. No período de 4 a 15 de junho de 2022, foram oferecidas 123 atividades com a participação presencial e virtual de mais de dez mil pessoas. O tema da SEMEIA 2022 foi “O Clima muda… e você?”. Neste ano, a Unicamp indicou os professores doutores Edson Thomaz da FEQ e Herling Gregorio Aguilar Alonzo da FCM, que foram homenageados com o Diploma de Mérito Socioambiental “Professor Paulo Nogueira Neto”.

A semana em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente – Unicamp 2022, encerrou suas atividades com o evento realizado na Praça da Paz da Unicamp, promovido e organizado pela Diretoria de Planejamento Integrado (DEPI) e a Gestão Ambiental e de Resíduos (GEARE) no dia 15/06/2022.  Com o tema “Eu e a sustentabilidade na Unicamp”, o evento ofereceu atividades socioeducativas, em parceria com diversos órgãos da universidade. Na abertura, o Prof. Dr. Douglas Galvão, Diretor da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado – DEPI, destacou os diversos programas e projetos da DEPI e da Unicamp relacionados à sustentabilidade em seu compromisso em ser uma universidade referência. O dia contou com a participação de aproximadamente 150 pessoas.

Audiodescrição: Em um teatro de arena, imagem em perspectiva e em plano geral de 30 pessoas sentadas nas arquibancadas circulares de concreto do local, voltadas para a direita da imagem. Ao fundo, há várias árvores de grande porte. Todos usam máscara de proteção respiratória e vestem roupas casuais de inverno. Imagem 10 de 19.
Audiodescrição: Em área externa, imagem frontal e à curta distância de um homem em pé que fala ao microfone sem fio segurando-o com a mão direita, enquanto gesticula com o braço esquerdo mantendo-o dobrado e projetado para frente, com a mão aberta. Ele está sob um amplo guardo sol. Às costas dele, em imagem desfocada, há um banner retangular. Ele usa óculos, máscara de proteção respiratória e veste um terno marrom. Imagem 14 de 19.

As atividades planejadas pela GEARE foram desenvolvidas de forma integrada com unidades e órgãos, para promover e dar visibilidade aos programas e projetos realizados cotidianamente, relacionados às questões da gestão ambiental local.

A GEARE desde 2014 incentiva as unidades e órgãos da Unicamp a capilarizar ações educativas locais aproveitando a semana comemorativa, onde destacamos:

A Faculdade de Tecnologia (FT) organizou a SEDEMA 2022, evento organizado pelo projeto de extensão GTCMA (Grupo de Tecnologias e Cuidados com o Meio Ambiente), com o apoio da FT. 

O CECOM realizou uma gincana on line, com funcionários do órgão, nos dias 04 e 11/06/2022, cujo tema “SER/AGIR SUSTENTÁVEL(MENTE)” foi de provocar a sensibilização quanto às iniciativas sustentáveis.

O NEPAM produziu vídeos para sensibilizar para o Dia Mundial do Meio Ambiente, onde cientistas da coalizão Ciência e Sociedade fazem um alerta sobre a urgência de se resgatar princípios e ações de proteção de ecossistemas naturais e populações vulneráveis.

Programação SEMEIA 2022: https://ambientecampinas.wixsite.com/semeia2022/programa%C3%A7%C3%A3o

Programação GEARE:

Floresta Urbana Unicamp A “Natureza” presente em nossas vidas – Hélio Cavalheri Júnior – Projeto Catalogação das árvores na Unicamp –  (com QR CODE) – DEPI – DMA – FECFAU https://floresta-urbana-unicamp-arcgis.hub.arcgis.com/ 

SEDEMA 2022 – FT Unicamp:

https://www.ft.unicamp.br/pt-br/noticias/semana-de-desenvolvimento-em-meio-ambiente-2022

Prefeitura do Campus:

Secretaria Executiva de Comunicação Unicamp (SEC):

https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2022/06/08/semana-do-meio-ambiente-da-unicamp-propoe-um-dia-na-praca-da-paz

https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2022/06/21/um-dia-na-praca-da-paz


NEPAM:

Casa do Lago Unicamp:

https://www.unicamp.br/unicamp/eventos/2022/05/31/domingo-no-lago-tem-programacao-especial-em-homenagem-ao-dia-mundial-do-meio

Agradecimentos:

Secretaria Executiva de Comunicação – informações para divulgação em diversas mídias, entrevistas, filmagens e reportagens com os atores da Floresta Urbana Unicamp; 

CECOM – Canto da Saúde, onde as enfermeiras Inajara e Meire reforçaram os cuidados com a saúde individual e coletiva, mesmo em eventos abertos;

FEF – atividades de alongamento com o funcionário Carlos Zamai e a aluna Vívian Xavier;

Funcionário Florêncio (GEARE), que contribuiu contando sobre a história da Praça da Paz;

FECFAU – funcionário Hélio Cavalheri que desenvolveu o Projeto Floresta Urbana em parceria com Vanderlei Braga (CSus), onde, em plataforma informatizada, identificou e catalogou as árvores daquela faculdade e de algumas árvores da Praça de Paz, com identificação por meio de placa QR-CODE, favorecendo o acesso às informações;  

FEAGRI – funcionário José Maria, do Projeto Recicle, que confeccionou móveis com a reutilização de paletes; 

CSUS – atividade educativa relacionada ao Campus Sustentável e Projeto Energia Limpa, coordenado pelo Prof. Luis Carlos, com os alunos de pós-graduação da FEEC, Paulo Ricardo e João Frederico; 

Restaurante Universitário – fornecimento de frutas da época para posterior compostagem;

FEM – aluno Júlio Ghigiarelli Majeau, com o registo e filmagem aérea do evento na praça;

O Coletivo Humus – alunos Gabriel e Wesley da FECFAU e outros alunos da FEAGRI, que apresentaram um protótipo de composteira;

Prefeitura do campus através da DMA/Áreas Verdes – plantio de duas árvores e caminhada educativa conduzida pelo funcionário Lauro e a aluna Amanda Mello, num roteiro visitando dez árvores identificadas com QR-CODE do Projeto Floresta Urbana Unicamp;

Projeto Olhos do Futuro, apresentado pela professora Danusia que também desenvolve o projeto Moradia Sustentável, coordenado pelo Prof. Dr. Luis Carlos;

FEEC – aluno Arlindo Baré que atua no projeto Campus Sustentável Energia Limpa.;

Agradecimento especial à equipe de Limpeza Urbana, coordenada pela Sra. Fernanda Paschotte.

Geógrafo da DEPI, Marcelo Albieri, desenvolve APP para coletar informações  geográficas e dos atributos das árvores

Mais de 14.400 árvores compõem a flora da Unicamp. Mata Atlântica, Cerrado, Amazônia, Pampa, Caatinga e Pantanal: espécies de todos os biomas brasileiros e de países como Austrália e África do Sul podem ser apreciadas. Árvores nativas e exóticas propiciam um ambiente saudável a quem acessa o campus de Campinas. Mas onde localizá-las e como identificá-las? Para levar essas informações à comunidade, o projeto Floresta Urbana está cadastrando as espécies em um aplicativo. Além disso, um projeto de arborização promete enriquecer ainda mais a flora dos três campi da Universidade.

Dos coloridos ipês a espécies nativas pouco conhecidas, como o jerivá, e estrangeiras, como baobá, um passeio pelo campus possibilita uma experiência sensorial e de aprendizado, além de frutos como pitanga, manga, cajá e jambo.

Por meio do projeto Floresta urbana, placas de QR Code estão sendo afixadas nas árvores para proporcionar a pesquisadores e leigos uma observação mais apurada das plantas. Ao apontar a câmera do celular para a placa, o usuário acessa dados como espécie, época de floração e frutificação, além de informações sobre o sentido cultural das árvores para diferentes grupos. 

O projeto também resultou em um mapa em que é possível conhecer a localização das árvores. Ele está disponível no Atlas da Unicamp e pode ser acessado diretamente neste link. “A Unicamp, à medida que realizava obras no campus, fez um levantamento topográfico que incluiu o mapeamento de árvores. Tivemos a ideia de unificar as informações em um mapa geral. Levantamos mais de 14 mil árvores e sua localização”, conta Vanderlei Braga, geógrafo e coordenador de Geoprocessamento da Coordenadoria de Sustentabilidade, ligada à Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI).

Vanderlei Braga e Marcelo Albieri, da equipe de Geoprocessamento da Unicamp, que está colaborando com o projeto Floresta Urbana
Vanderlei Braga e Marcelo Albieri, da equipe de Geoprocessamento da Unicamp

Floresta Urbana foi idealizado pelo funcionário da Faculdade de Arquitetura e Engenharia Civil, Hélio Cavalheri. O servidor vem cadastrando, na plataforma, milhares de árvores da Unicamp. Seu levantamento identificou, até o momento, 1.969 espécies nativas e 901 exóticas. Também foi sua a ideia do QR Code. Algumas placas já foram colocadas em locais como Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FECFAU), Secretaria Executiva de Comunicação (SEC) e Praça da Paz. O aplicativo para coletar as informações  geográficas e dos atributos das árvores foi desenvolvido na Unicamp pelo geógrafo Marcelo Albieri, da DEPI. Ele também foi responsável por treinar Hélio no uso do app.

Assista à reportagem sobre a trajetória de Hélio Cavalheri:

A Flora como patrimônio do campus

A composição atual da flora do campus nasceu do envolvimento de muitas pessoas. O professor Hermógenes Freitas Filho, fundador da Divisão de Meio Ambiente (DMA), trouxe diversas espécies para a Unicamp. “Ele planejava um grande jardim botânico na Universidade. Foi então construído um viveiro de plantas ornamentais e espécies arbóreas”, conta Camila Santos, coordenadora do Serviço de Áreas Verdes da DMA. Essa construção deu início a uma coleção que, para ela, é um patrimônio ambiental e paisagístico.

Para Camila Santos, coordenadora da Divisão de Meio Ambiente da DMA, as árvores compõem o patrimônio ambiental e paisagístico da Universidade
Para Camila Santos, as árvores compõem o patrimônio ambiental e paisagístico da Universidade

Os professores Hermes Pereira e Mario Tamashiro também contribuíram para a diversidade de espécies no campus. Tamashiro trazia sementes de vários lugares e foi responsável por iniciar o mapeamento da flora, o que resultou no livro Árvores do campus. Esse mapeamento, conta a professora Ingrid Koch (Instituto de Biologia), foi a base para ampliar a identificação das espécies, hoje realizada em parceria com a DEPI, FECFAU e DMA.

Ingrid trabalhou junto aos professores e hoje integra a equipe do projeto Floresta Urbana. “O pontapé inicial foi essa tabela do professor Tamashiro, à qual estamos adicionando mais espécies”, diz. Para ela, o campus tem uma coleção preciosa, que enriquece o ensino em sala de aula com trabalhos de campo. Pesquisadores de outras instituições também vêm à Unicamp realizar estudos.

Ingrid Koch (IB) destaca que o mapeamento é objeto de estudos dentro e fora da Unicamp
Ingrid Koch (IB) destaca que o mapeamento colabora em projetos de pesquisa dentro e fora da Unicamp

Como lembra Maria Gineusa de Medeiros e Souza, coordenadora da DMA, as árvores do campus permitem diversas atividades de educação ambiental, como a Semana do Meio Ambiente, realizada em junho. “Essas atividades fazem parte de uma educação socioambiental, uma sensibilização que pode levar as pessoas a se apaixonarem pelas árvores”.

"As árvores do campus permitem diversas atividades de educação ambiental", afirma Maria Gineusa Souza, coordenadora da DMA
“As árvores do campus permitem diversas atividades de educação ambiental”, afirma Maria Gineusa Souza, coordenadora da DMA

Projeto prevê o plantio de mais árvores

A diversidade da flora da Unicamp será ampliada. O projeto Arborização dos Campi prevê o plantio de 800 árvores em quatro anos no campus de Campinas e 200 nos campi de Piracicaba e Limeira. Ele é desenvolvido pela Prefeitura Universitária, DEPI, Secretaria de Administração Regional (SAR), Moradia Estudantil, IB, CPQBA e FECFAU.

Melhora na qualidade do ar, alimento e conforto para a fauna local, redução das ilhas de calor e minimização do impacto da chuva são alguns dos benefícios da arborização. “O verde também traz bem-estar psicológico às pessoas. O contato com a natureza e o ar puro trazem descanso para a mente”, complementa Ingrid.

Melhora na qualidade do ar, alimento e conforto para a fauna local, redução das ilhas de calor e minimização do impacto da chuva são alguns dos benefícios da arborização
Melhora na qualidade do ar, alimento para a fauna, redução das ilhas de calor são alguns dos benefícios da arborização

Os projetos Floresta Urbana e Arborização dos campi integram um conjunto de medidas voltadas para a sustentabilidade: implantação de corredores ecológicos, recuperação de nascentes, Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, implantação de ônibus elétrico e da usina fotovoltaica, entre outros. São iniciativas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, aos quais a Universidade aderiu.

TEXTO

LIANA COLL

FOTOS

ANTONIO SCARPINETTI

EDIÇÃO DE IMAGEM

PAULO CAVALHERI

Link para notícia original no Jornal da UNICAMP:

https://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2022/06/15/arvores-da-unicamp-um-passeio-pelos-biomas-brasileiros?fbclid=IwAR0QgbCPO62sfDMC0G8Z-FYGvZT62RH-BD5vBXTe-1K28EE71pbid-uEqLE

2ª Edição de evento “Cantos que Encantam” será realizado pela DEPI-GEARE (evento adiado para 15/06)

Atenção, devido as chuvas, o evento foi adiado para dia 15/06

Na Semana do Meio Ambiente Unicamp 2022, cujo tema é “Eu e a sustentabilidade na Unicamp”, a SEMEIA Campinas, a Diretoria de Planejamento Integrado (DEPI) e a Gestão Ambiental e Resíduos (GEARE) realiza atividades no dia 10/06/2022 das 9h30 as 14 horas.

Em parceria com a Faculdade de Educação Física (FEF), a Prefeitura do Campus (através da Divisão de Meio Ambiente e Diretoria de Áreas Verdes), o Laboratório Fluxus, a Câmara Técnica de Educação Ambiental CTEA e a Câmara Técnica de Gestão Lixozero Unicamp CTGLZ., será realizado um encontro na Praça da Paz com a segunda edição do “Cantos que Encantam”.

A proposta é a de promover na comunidade universitária ações e práticas do dia a dia que contribuam para a sustentabilidade na Unicamp.
Serão realizadas diversas atividades recreativas: alongamento, caminhada com identificação de árvores com QR CODE, plantio de árvores e oficina lixo zero.

Ao término das atividades do evento, haverá degustação de pães

Semana do Meio Ambiente Unicamp 2022

Uso Sustentável e Cidadão da Praça da Paz

SEMEIA 2022

PROGRAMAÇÃO 10/06/2022 – “Um dia na Praça da Paz”

9:30 horas – Chegança

• Integração – Maria Gineusa de Medeiros e Souza e Washington Roberto Rodrigues da Silva.
• Segurança e saúde (CECOM) – Orientações GT Retomada Unicamp.

10:00 horas – Roda de Abertura

• Sustentabilidade – Alice Helena de Danielli, Arlindo Boré e Danusia Arantes Ferreira.
• A história da praça – Jorge Luiz Florêncio.
• Floresta Urbana Unicamp – Hélio Cavalheri Junior, Júlio Ghigiarelli Majeau e Vanderlei Braga.

10:30 horas – Canto da Saúde

• Alongamento com Carlos Zamai e Vívian Santos Xavier Silva.
• 10:50 horas – Canto Fauna e Flora
• Caminhada “Conhecendo as Árvores da Praça da Paz” – Amanda Alves de Mello e Lauro dos Santos – Áreas Verdes da Divisão de Meio Ambiente/Prefeitura Universitária.
• Plantio de árvores Pau-Brasil e Jambo doado pelo aluno Miquel da Cruz Almeida Rocha – IFCH.

11:40 às 12:40 horas – Conheça os Projetos e Programas

• LixoZero Unicamp – Profa. Dra. Emilia Wanda Rutkowski e Rebecca Lorenzetti Bezerra – FLUXUS
• Floresta Urbana Unicamp Catalogação das árvores com QR CODE – Hélio Cavalheri Júnior – DEPI – DMA – FECFAU.
• Usina Fotovoltaica da FEEC – Prof. Luiz Carlos Pereira da Silva – Campus Sustentável Energia Limpa Unicamp – João Ito e João Lucas.
• Coletivo Humus – Canto da Compostagem – projeto de alunos – FECFAU e FEAGRI

(Distribuição cartilha e biofertilizante).

• Projeto Recicle – José Maria da Silva – FEAGRI.

12:40 horas – Lanche – Pães da Oficina Pãodemia – Alunas do Programa UniversIDADE.

15:50 horas – Encerramento e Agradecimento aos Parceiros: Áreas Verdes DMA/Prefeitura Universitária, Campus Sustentável CTGE, CECOM, CTEA, CTG Lixo Zero Unicamp, FEF e FLUXUS.

Para acessar a programação completa da SEMEIA Campinas acesso os links:

https://portal.campinas.sp.gov.br/noticia/44607

https://ambientecampinas.wixsite.com/semeia2022

https://portal.campinas.sp.gov.br/noticia/44607

Confira um vídeo da produção dos pães que serão oferecidos através da iniciativa Pãodemia!

Semana Lixo Zero amplia compromisso com a sustentabilidade na Unicamp

O brasileiro produz, em média, um quilo de lixo todos os dias. Grande parte desse volume, entretanto, não teria como destino final os aterros sanitários se fosse manejado e coletado corretamente. Pensando nisso, o Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS) da Unicamp organizou, entre os dias 16 e 23 de setembro, a segunda Semana Lixo Zero. O evento faz parte de um conjunto de iniciativas que visa impulsionar boas práticas de sustentabilidade entre a comunidade acadêmica.

O Lixo Zero é um programa internacional realizado em cerca de 160 países. Na Unicamp, foi realizado pela primeira vez em 2018. A redução do consumo de plásticos e de papel, o incentivo à utilização de composteiras caseiras e a adoção de mudas de árvores foram algumas das ações da edição de 2019. No Restaurante Universitário e no Restaurante Administrativo, foi realizada a semana e o dia sem copo, para estimular o uso de canecas pelos usuários, reduzindo o descarte de plástico.

Nos Restaurantes Universitários, nas segunda e sextas-feiras o copo plástico não é oferecido, para estimular o uso de canecas e reduzir a produção de resíduos.

Conforme Maria Gineusa de Medeiros e Souza, secretária executiva da Câmara Técnica de Educação Ambiental do GGUS, órgão ligado à Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI), o objetivo do evento não é centralizar as atividades no GGUS, mas fazer com que as unidades entendam os objetivos do programa e desenvolvam ações próprias. Um total de 22 Unidades Acadêmicas e os órgãos da Unicamp aderiram à Semana, promovendo palestras, workshops e ações de sensibilização e conscientização acerca do melhor gerenciamento de resíduos.

Maria Gineusa pontua que, para sensibilizar a comunidade acadêmica para o assunto, é fundamental a compreensão sobre o que é lixo e o que é resíduo. Quando o lixo é encaminhado ao aterro, explica, ele não tem como ser reaproveitado. Os impactos que esse material traz incluem a emissão de gases tóxicos, a contaminação de solos, os alagamentos e a disseminação de doenças. Mas, caso haja um cuidado no descarte e o material tiver um encaminhamento adequado, ele pode ser reutilizado e voltar para o ciclo de vida.  “Você entendendo o que é lixo, tendo mais consciência, na hora que olhar para a sua mão vai decidir se vai descartar aquele tipo de resíduo, se vai virar lixo ou não”, observa.

Atividades da Semana Lixo Zero – Como parte da Semana Lixo Zero, o jardineiro Sebastião Martins Vidal ministrou a oficina de composteiras caseiras, técnica que reduz o lixo orgânico nos aterros e, assim, diminui os gases que provocam o efeito estufa. A compostagem é amplamente utilizada na agricultura familiar e pode ser utilizada nos ambientes urbanos, já que necessita de pouco espaço. No processo da compostagem, é gerado o húmus, matéria orgânica rica que serve de adubo para as plantas. Cerca de 50 composteiras, feitas com os galões de suco dos restaurantes universitários, foram distribuídas após a oficina. “Com esse tipo de composteira que nós estamos fazendo aqui já vai ser umas duas toneladas de cascas que não vão para o lixo”, explicou Sebastião, que também formulou uma cartilha explicando o passo a passo da compostagem.

O jardineiro Sebastião Vidal ministra oficina de compostagem caseira, técnica que utiliza matéria orgânica para produção de húmus.

O jardineiro, conhecido no campus como o “jardineiro-poeta”, também contou que realiza ações durante todo o ano no âmbito da educação ambiental, principalmente com crianças. “Faço um trabalho consciente e lúdico com as crianças. Tiro um pouco eles da formalidade para eles irem para uma coisa mais prática, colocar a mão na massa. E gosto também de contar histórias e envolver a poesia, por isso que meu apelido envolve plantas e poesia”. Com 82 anos, Sebastião não pretende parar o seu trabalho, que une a poesia e o conhecimento ambiental para trazer impactos positivos dentro e fora da Unicamp. “A intenção é fazer uma rede”, relata.

Outra atividade da Semana Lixo Zero foi a entrega de cerca de 50 mudas de árvores, organizada pelo Centro de Saúde da Comunidade (Cecom). Funcionários, docentes e estudantes puderam adotar amoreiras, acácias, aroeiras, uvais e ibiruçus, entre outras espécies, mediante um termo de comprometimento com o cuidado da planta. Além dessa ação, o Cecom promoveu palestras de sensibilização sobre o descarte e gerenciamento de resíduos e tem atividades que ocorrem ao longo do ano.

Ação no Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) distribuiu mudas de árvores para a comunidade acadêmica.

Rôse Clélia Grion Trevisane, coordenadora adjunta do Cecom, assinala que o Centro possui o Grupo de Gestão Ambiental (GGA), formado por uma equipe multidisciplinar. “Existe um trabalho integrado, partilhado e de troca de experiências. Iniciou pela separação, com a segregação dos resíduos, e hoje se expandiu”, explica. Rôse também conta que a dedicação com a questão ambiental existe desde 1996 no Cecom, com um trabalho interdisciplinar que ela avalia como fundamental para o sucesso das ações.

Ações disseminam-se na Unicamp – As ações de promoção da sustentabilidade não acontecem somente na Semana do Lixo Zero, mas também de forma contínua, para que a sensibilização seja permanente e gere uma mudança de atitude frente à produção de lixo. Aproximadamente 120 facilitadores atuam nas unidades da Unicamp para desenvolver uma interlocução com o GGUS. Eles também são responsáveis pela formação e difusão do conhecimento na unidade.

Além disso, através das oito câmaras técnicas do GGUS, são efetivadas medidas em diversos eixos da sustentabilidade. Com relação aos recursos hídricos, por exemplo, houve a substituição de torneiras e de válvulas dos banheiros por modelos econômicos e planeja-se o reaproveitamento da água da chuva. Maria Gineusa também evidencia que, somente com a educação ambiental, houve uma redução de 15% no desperdício de água desde 2014, quando houve a crise hídrica no estado de São Paulo.

No âmbito do uso de energia, há o projeto Campus Sustentável, voltado para a utilização de energia renovável. Com a instalação de placas de captação de energia solar fotovoltaica, a instituição visa tornar-se um modelo de eficiência energética. Além de ampliar a utilização de uma fonte de energia renovável e limpa, sem geração de poluentes, a Unicamp também passa a economizar com o custo da contas de eletricidade.

O GGUS também está atuando nos indicadores de sustentabilidade para que a Unicamp passe a integrar o ranking GreenMetric. “Nós queremos que ela seja referência nacional e internacional nessa questão”, assinala Maria Gineusa.

Por Liana Coll, para o Portal da Unicamp