Unicamp é uma das universidades mais sustentáveis do Brasil

A Unicamp ficou em quarto lugar no UI GreenMetric World University Ranking entre as universidades brasileiras. O resultado foi divulgado na última terça-feira (03/12) pela Universitas Indonesia que criou o ranking em 2010 com objetivo de classificar as universidades de todo o mundo a partir de indicadores de sustentabilidade. No Brasil, 28 universidades participam do ranking atualmente. A USP ocupa o primeiro lugar, seguida pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e pela Universidade Positivo, instituição privada com unidades em Curitiba e Londrina, no Paraná.

No ranking mundial, que avaliou 780 universidades, a Unicamp está entre as 100 instituições mais sustentáveis, no 80º lugar. “Ficamos na 4ª posição no ranqueamento nacional e em 80ª no mundial. Acredito que seja um verdadeiro reflexo do nosso contexto. É preciso considerar que os indicadores se referem apenas ao campus Zeferino Vaz. Os próximos passos incluem aperfeiçoar a coleta dos dados que compõem os indicadores, incluir todos os campi, definir metas a partir da análise dos indicadores de 2019 e melhorar a sustentabilidade nos campi da Unicamp nos próximos anos”, afirmou a arquiteta e urbanista da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI), Thalita Dalbelo, representante da Unicamp junto ao UI GreenMetric (veja entrevista ao final do texto).

A posição final no ranking é a soma da pontuação dos indicadores de sustentabilidade coletados em seis categorias: paisagem e infraestrutura, energia e mudança climática, resíduos, água, transporte e ensino e pesquisa.

Os indicadores de “paisagem e infraestrutura”, por exemplo, avaliam a situação da universidade em relação às construções, áreas verdes e população do campus. As universidades mais sustentáveis são as que possuem mais áreas abertas, permeáveis e com florestas. Entre os indicadores dessa categoria estão a relação da área de espaço aberto em relação à área total, área do campus com cobertura florestal, área para absorção de água e orçamento da universidade para um esforço sustentável. Já a categoria “energia e mudança climática”, responsável por 21% da pontuação total, traz indicadores relacionados ao uso de energia renovável, de equipamentos eficientes, construções ecológicas, entre outros. Nesse caso, espera-se que as universidades intensifiquem seus esforços na direção de maior eficiência energética.

Uma das categorias em que a Unicamp obteve um bom resultado foi “resíduos”, que tem como foco o tratamento e reciclagem de resíduos diversos. Para Dalbelo isso é resultado de ações já em curso na Universidade, como por exemplo o Programa Institucional de Gerenciamento de Resíduos Biológicos, Químicos e Radioativos da Unicamp, aprovado pelo Consu em 2003. Além disso, em 2016 o Plano de Gestão de Resíduos foi revisado pela Câmara Técnica de Gestão de Resíduos, ligada ao Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS). Há também o Programa de coleta e controle da destinação de resíduos, coordenado pela Divisão de Meio Ambiente (DMA), da Prefeitura do campus.

Para o diretor da DEPI, professor Marco Aurelio Pinheiro Lima, a importância do resultado é trazer um diagnóstico da situação da Unicamp hoje: “A partir desses indicadores estabelecer ações para melhorar”. Essa também é a opinião do professor José Antonio Rocha Gontijo, chefe de gabinete da reitoria da Unicamp: “Foi muito boa a notícia do reconhecimento da Unicamp como uma das melhores posicionadas no GreenMetric logo na primeira aplicação e com indicadores seguramente auditáveis. Além de comemorar o posicionamento, o importante agora é definir novas metas, corrigir, ampliar e qualificar nossos indicadores”, afirmou.

Boas práticas – Com objetivo de disseminar a metodologia do GreenMetric e favorecer a troca de experiências sobre boas práticas na área de sustentabilidade, a Universitas Indonesia organiza workshops locais para reunir as universidades que participam do ranking em cada país e para incentivar a adesão de mais instituições. Em agosto do próximo ano, a Unicamp vai sediar 4th National Workshop on Ui Green Metric World University Rankings for Brazilian Universities 2020. “As universidades brasileiras que estão nas melhores posições em 2020 melhoraram suas pontuações  em relação ao ano passado. Podemos aprender muito com elas, principalmente no evento que ocorrerá aqui – 24 e 25 de agosto de 2020”, disse Dalbelo. “Estamos organizando a análise dos indicadores para um plano de ação e todas as contribuições são muito bem-vindas”, finalizou.

Em setembro de 2019, Thalita Dalbelo passou a representar a Unicamp junto ao UI Green Metric

Entrevista Thalita Dalbelo

Representante da Unicamp junto ao UI Green Metric, a arquiteta e urbanista, Thalita Dalbelo, que também é coordenadora do Plano Diretor da Unicamp, fala sobre os desafios da Unicamp para subir de posição no ranking de sustentabilidade.

Como surgiu a iniciativa de entrar nesse ranking e qual a importância dele?

Em 2019, o Plano Diretor Integrado, em busca de mensurar a sustentabilidade dos campi da Universidade para criar planos de melhoria, encontrou no sistema de ranqueamento UI GreenMetric um bom mecanismo para avaliar e medir nosso panorama em relação à sustentabilidade universitária, transversalizar a sustentabilidade na Unicamp, estabelecer uma comparação entre as demais universidades participantes e, principalmente, para estabelecer metas pontuais de melhoria. A importância do sistema de ranqueamento não está na concorrência entre universidades, mas na troca de experiências, análise crítica e na busca de melhores resultados.

Como foi o processo de coleta de dados? Qual foi o principal desafio nesse processo?

O processo de coleta de dados para elaboração dos indicadores do sistema UI GreenMetric envolveu a formação de um Grupo de Trabalho, composto por representantes da DEPI, da Prefeitura do Campus, do NEPAM, da Unitransp, do Escritório Campus Sustentável, das Pró-Reitorias de Graduação, Pós-graduação e de Pesquisa e da CGU. Foi um processo com muitos desafios: muitos indicadores precisam de dados específicos de unidades e órgãos para serem elaborados e esses dados não estão disponíveis em plataformas ou concentrados em um banco de dados específico. Foi necessário solicitar informações a cada uma das unidades. Muitas responderam, mas as que não enviaram as respostas certamente poderiam ter feito a diferença no indicador final. Outro grande desafio foi o entendimento sobre a sustentabilidade, pois não há um conceito único que a defina.

Qual a razão de não incluir os campi de Limeira, Paulínia e Piracicaba?

Para esse ano, os indicadores elaborados consideraram dados apenas do campus Zeferino Vaz porque é o campus que tem mais dados disponíveis e, ainda assim, muitos deles precisaram ser gerados especialmente para esse trabalho. Possuímos muito poucos dados dos demais campi e esse é outro grande desafio para os próximos anos: integrar todos os campi ao sistema de ranqueamento UI GreenMetric.

O resultado ficou dentro do esperado?

De acordo com a estimativa inicial, a pontuação final da Unicamp ficou dentro do esperado. Imaginávamos que, com essa pontuação, fossemos conseguir melhor posicionamento, mas o que percebemos foi que as demais universidades participantes, progrediram bastante em relação ao ano passado.

Quais os próximos passos?

A busca por melhores indicadores de sustentabilidade na universidade deve ser contínua. Temos duas questões a serem trabalhadas: a coleta de dados deve ser mais precisa, abrangente e dinâmica e, agora que sabemos a situação em que a universidade está, devemos fazer um plano de ação para melhorar. Nos dois casos, é imprescindível a integração de toda a comunidade da Unicamp. Os técnicos entendem os principais problemas dos campi, os docentes e pesquisadores têm as soluções mais atualizadas e os alunos, a criatividade necessária para as propostas de melhoria. É necessário tornar o tema transversal para que a Unicamp seja uma universidade sustentável: desde o conceito de sustentabilidade, passando por uma plataforma centralizada de dados e até um plano de ação que envolva toda a universidade. Continuaremos a submeter nossos indicadores em sistemas de ranqueamento e a propor ações de melhoria. Mas também é necessário apoio da administração, dos usuários, docentes, pesquisadores, funcionários e alunos.

Encontros de facilitadores do GGUS

Foram quatro encontros que aconteceram ao longo dos meses de setembro a novembro de 2019. Neles, em 12 horas de formação, mais de 50 facilitadores puderam discutir seu papel na política de sustentabilidade da Unicamp. O projeto foi idealizado pela equipe do Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS) e contou com a participação e coordenação do professor da Faculdade de Tecnologia da Unicamp e Coordenador da Câmara Técnica de Educação Ambiental (CTEA), Sandro Tonso.

Atualmente a equipe de facilitadores da Unicamp é constituída por mais de 120 funcionários técnicos e administrativos distribuídos em 62 unidades e órgãos da Universidade. “Os facilitadores têm atuado há pelo menos 15 anos na Universidade. Inicialmente sua ação estava restrita à gestão de resíduos perigosos, mas hoje, com a consolidação da política de sustentabilidade na Unicamp, esse papel tem sido ampliado”, conta Gineusa Souza, do GGUS. De acordo com ela, a tendência é que eles atuem cada vez mais como formadores e se envolvam na disseminação de práticas sustentáveis em suas unidades.

Washington Roberto da Silva, Gislaine Moreira, Talita Mendes, Sandro Tonso, Daniela Cássia Sudan, Antônio Vitor Rosa e Gineusa Sousa que participaram dos encontros. Crédito: Gislaine Moreira

A sustentabilidade está presente no Planejamento Estratégico da Unicamp de 2016-2020 no qual a Unicamp se compromete a ser uma instituição promotora do desenvolvimento sustentável. “Isso coloca o desafio de incorporar a sustentabilidade em todas as nossas atividades. Nesse sentido, o papel do facilitador é fundamental”, lembrou Sandro Tonso. Segundo ele, sua atuação vai além da gestão dos resíduos perigosos, englobando uso de energia e de água, gestão de resíduos sólidos como papel etc., incluindo as relações sociais internas e com a comunidade externa. “O comprometimento das unidades, órgãos e núcleos nesse trabalho pode ter um impacto importante na formação de toda a comunidade universitária. Essa é uma contribuição importante da Unicamp para a sociedade como um todo”, disse.

O objetivo dos encontros foi justamente discutir a atuação desses facilitadores, promover maior integração entre eles e compartilhar ações e boas práticas. “Um dos pontos mais positivos em todo o processo foi ouvir as experiências deles, como eles se veem, quais os desafios enfrentam”, contou Gineusa. “Isso vai nos ajudar a delinear melhor a atuação deles em cada unidade. Queremos que isso seja uma construção coletiva, da qual eles também participem”, acrescentou.

Os próximos passos desse projeto envolvem muitos desafios, entre eles consolidar o papel dos facilitadores em toda a Universidade, além de criar uma rede de discussão e troca de experiências entre os facilitadores. Serão criadas algumas ferramentas para isso, incluindo um “Banco de saberes” no site da DEPI, que está em processo de reformulação. Nesse espaço, os facilitadores poderão divulgar ações e boas práticas voltadas à sustentabilidade e enviar perguntas, comentários, buscar informações. “É fundamental manter a motivação e dar apoio técnico a essa equipe, esse é o papel do GGUS”, afirmou Gineusa.

A próxima rodada de encontros dos facilitadores deve acontecer ainda no primeiro trimestre de 2020.

Alunos do COTIL vão participar de projeto de mapeamento da Unicamp

O Colégio Técnico de Limeira (COTIL/Unicamp) firmou hoje uma parceria de estágio com a Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI) da Unicamp que resultará em um Web Map da instituição. Além de fornecer subsídios para avanços na gestão da universidade, a parceria irá preparar os alunos dos cursos de Edificações e Geodésia e Cartografia para as necessidades do mercado de trabalho.
O projeto realizado em Limeira irá integrar todo o mapeamento feito pela Unicamp, que reunirá características físicas e estruturais dos seus ambientes internos e externos, permitindo o desenvolvimento de aplicativos. Número e localização das salas, departamentos, descrições de estacionamentos, postes, árvores e outros dados farão parte do mapeamento. Além de possibilitar a obtenção de dados para o aprimoramento da gestão dos espaços, ações e planejamento territorial, a parceria vai ao encontro da política de transparência da Universidade.

O diretor do Cotil, Prof. José Roberto Ribeiro, o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, e o diretor da Depi, Prof. Marco Aurelio Pinheiro Lima. Crédito: Wagner Morente

O reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, destacou a relevância da parceria de estágio com o COTIL e lembrou que o mapeamento poderá ser aperfeiçoado de maneira constante, inclusive com o fornecimento de informações ainda mais detalhadas futuramente. Também mencionou que esse trabalho é um dos exemplos de retorno da atividade acadêmica em benefício da sociedade.
Durante a assinatura da parceria, o diretor geral do COTIL, José Roberto Ribeiro, mencionou a importância da ampliação das atividades de estágio e da contribuição do COTIL com os demais órgãos da Unicamp.
Segundo Marco Aurélio Pinheiro Lima, diretor executivo da DEPI, a participação dos alunos irá enriquecer o processo de planejamento da universidade. “A missão da Unicamp é formar bem seus alunos, mas os alunos também podem ajudar a formar a universidade, de maneira criativa”, enfatizou.
A cerimônia contou a presença de professores, coordenadores e alunos que integram o projeto. Karina Alves, do terceiro ano de Edificações, afirmou que a possibilidade de estágio na própria instituição é muito importante para o aprendizado e compreensão das necessidades das empresas.

Fonte: Imprensa Cotil

DEPI realiza pesquisa sobre uso de papel e copos plásticos na Unicamp

Quantas unidades da Unicamp fazem coleta seletiva de resíduos, existe algum programa para redução do uso de descartáveis plásticos de uso único, você é a favor da supressão do uso de copos plásticos? Essas foram algumas perguntas da pesquisa sobre uso de papel e plástico na Unicamp. Conduzida entre 10 e 24 de setembro, o estudo foi organizado pela equipe do Plano Diretor da Unicamp, em parceria com o Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS), ligados à Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI). De acordo com a arquiteta Thalita Dalbelo, que coordena do Plano Diretor da Unicamp, o objetivo da pesquisa é obter subsídios para compor as ações do Plano Diretor da Universidade.

O questionário enviado foi respondido por 408 pessoas. Os resultados desse levantamento indicam que há um bom envolvimento dos órgãos e núcleos da Unicamp em programas de coleta seletiva de resíduos (67,5). Também há diversas iniciativas para redução do uso de descartáveis plásticos, como copos e mexedores (63,6%). CCUEC, Cepetro, CPO, DEPI, IFCH e IQ são exemplos de unidades que eliminaram os copos descartáveis plásticos de uso único. O Cecom mantém o uso apenas para pacientes. Isso se reflete no número total de copos utilizados: em 2016 foram utilizados pouco mais de 12 milhões de copos, em 2018 foram cerca de 10 milhões. Veja abaixo os números do uso de copos plásticos nos restaurantes da Unicamp.

 

Outro dado importante coletado na pesquisa foi que 88% dos respondentes se declararam a favor da supressão do uso de descartáveis plásticos de uso único na sua unidade. Entre as dificuldades apontadas para a eliminação de copos plásticos está a ausência de copeiros para limpeza de copos e xícaras e ainda a alta frequência de visitantes na universidade.

Veja a apresentação completa, com os resultados da pesquisa clicando aqui.

Por Patricia Mariuzzo

HIDS tem potencial para consolidar Campinas como cidade inteligente e sustentável

A vice-reitora da Unicamp, Teresa Atvars, o diretor da DEPI (Diretoria Executiva de Planejamento Integrado da Unicamp) e coordenador do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS – www.hids.unicamp.br), Marco Aurelio Pinheiro Lima, e o diretor da Inova Unicamp, Newton Frateschi, representaram a Unicamp na cerimônia de apresentação do prêmio “Campinas, a cidade mais inteligente e conectada do Brasil“. No evento, o prefeito de Campinas, Jonas Donizetti, compartilhou o bom resultado com diversos setores da sociedade como as universidades, instituições de pesquisa e entidades que representavam empresários e trabalhadores. Donizetti mencionou a importância da criação do HIDS na cidade: “Temos que valorizar essa iniciativa pelo seu potencial de projetar Campinas para o Brasil e para o mundo como uma cidade inteligente e sustentável”, disse.

André von Zuben, secretário de desenvolvimento econômico, social e de turismo, abriu a cerimônia destacando que esta é a primeira vez que uma cidade não capital é eleita como a mais inteligente e conectada do país. O ranking “Connected Smart Cities” é elaborado desde 2015 pela consultoria privada Urban Systems em parceria com a revista Exame. Para compor o ranking foram analisadas 700 cidades, a partir de 70 indicadores distribuídos em 11 setores: mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo e governança. Campinas subiu de 21º lugar na primeira edição, em 2015, para o topo em 2019. Em 2016 obteve o 10º lugar; em 2017 ficou com a 8ª posição e, ano passado, esteve em 4º lugar.

André von Zuben lembrou que destacando que é a primeira vez que uma cidade não capital é eleita como a mais inteligente e conectada do país. Crédito: Divulgação. Crédito da foto do destaque: Luiz Granzotto/Prefeitura

O secretário destacou alguns indicadores que colaboraram para que Campinas conquistasse o primeiro lugar no ranking. A quantidade de fibra óptica instalada: “A prefeitura já instalou mais de 300 quilômetros de fibra óptica e até o final do governo esse número deve chegar a 450 quilômetros de fibra interligando escolas, postos de saúde e postos da guarda municipal”, disse. O fato de a cidade contar com cinco parques tecnológicos, os programas de empreendedorismo e o crescimento no número de empresas de tecnologia também ajudaram a colocar Campinas em posição de destaque no ranking. André von Zuben mencionou ainda o baixo índice de mortes no trânsito, a redução da mortalidade infantil e os investimentos em educação básica, segundo ele, maiores do que a média das cidades do Brasil. “Esse prêmio é um reconhecimento para a cidade como um todo, pelo esforço traduzido em ações, buscando oferecer mais serviços para a população e melhorar os que já existem”, afirmou von Zuben.

E-gov – Em sua fala o prefeito Jonas Donizetti falou sobre o investimento de longo prazo que a prefeitura tem feito em várias secretárias no sentido de aumento o escopo do governo eletrônico ou e-gov (uso das tecnologias da informação tanto nos processos internos do governo quanto na entrega dos produtos e serviços para cidadãos e demais usuários). Donizetti citou vários programas de e-gov implantados pela Prefeitura como, por exemplo, a ARI (Aprovação Responsável Imediata), um sistema de aprovação rápida de projetos de construção de pequeno porte para facilitar a emissão de alvarás para residências e estabelecimentos comerciais de até 500 metros quadrados e prédios institucionais (igrejas, clubes, escolas) de pequeno porte. Campinas possui, ainda, o Portal do Zoneamento On-Line. Criado em 2013, o Portal permite que os cidadãos conheçam, de forma clara, acessível e interativa, a lei de uso e ocupação do solo da cidade; quais são as áreas residenciais, comerciais e mistas; as regras de construção e a inscrição municipal dos imóveis (código cartográfico). De acordo com informações da Prefeitura, o zoneamento on-line tem cerca de 30 mil acessos por mês. Ainda esse ano será implantado sistema de monitoramento com câmeras inteligentes na região central da cidade que permite reconhecimento facial. “Essa é uma parceria iniciada em 2018 com a empresa chinesa Huawei e o CPqD.

Parceria com a Unicamp – Ao final de sua fala o prefeito mencionou a importância a criação de um Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, o HIDS, que vai ocupar um território de mais de 11 milhões de m2. O projeto é uma parceria da Unicamp, Prefeitura de Campinas, Governo do Estado de São Paulo, PUC-Campinas, CPqD e CNPEM. “O BID está concedendo um apoio de US$ 1 milhão a fundo perdido. Temos que valorizar esse projeto que pode projetar Campinas para o país e para o mundo como uma cidade inteligente e sustentável”, finalizou.

Por Patricia Mariuzzo

Semana Lixo Zero amplia compromisso com a sustentabilidade na Unicamp

O brasileiro produz, em média, um quilo de lixo todos os dias. Grande parte desse volume, entretanto, não teria como destino final os aterros sanitários se fosse manejado e coletado corretamente. Pensando nisso, o Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS) da Unicamp organizou, entre os dias 16 e 23 de setembro, a segunda Semana Lixo Zero. O evento faz parte de um conjunto de iniciativas que visa impulsionar boas práticas de sustentabilidade entre a comunidade acadêmica.

O Lixo Zero é um programa internacional realizado em cerca de 160 países. Na Unicamp, foi realizado pela primeira vez em 2018. A redução do consumo de plásticos e de papel, o incentivo à utilização de composteiras caseiras e a adoção de mudas de árvores foram algumas das ações da edição de 2019. No Restaurante Universitário e no Restaurante Administrativo, foi realizada a semana e o dia sem copo, para estimular o uso de canecas pelos usuários, reduzindo o descarte de plástico.

Nos Restaurantes Universitários, nas segunda e sextas-feiras o copo plástico não é oferecido, para estimular o uso de canecas e reduzir a produção de resíduos.

Conforme Maria Gineusa de Medeiros e Souza, secretária executiva da Câmara Técnica de Educação Ambiental do GGUS, órgão ligado à Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI), o objetivo do evento não é centralizar as atividades no GGUS, mas fazer com que as unidades entendam os objetivos do programa e desenvolvam ações próprias. Um total de 22 Unidades Acadêmicas e os órgãos da Unicamp aderiram à Semana, promovendo palestras, workshops e ações de sensibilização e conscientização acerca do melhor gerenciamento de resíduos.

Maria Gineusa pontua que, para sensibilizar a comunidade acadêmica para o assunto, é fundamental a compreensão sobre o que é lixo e o que é resíduo. Quando o lixo é encaminhado ao aterro, explica, ele não tem como ser reaproveitado. Os impactos que esse material traz incluem a emissão de gases tóxicos, a contaminação de solos, os alagamentos e a disseminação de doenças. Mas, caso haja um cuidado no descarte e o material tiver um encaminhamento adequado, ele pode ser reutilizado e voltar para o ciclo de vida.  “Você entendendo o que é lixo, tendo mais consciência, na hora que olhar para a sua mão vai decidir se vai descartar aquele tipo de resíduo, se vai virar lixo ou não”, observa.

Atividades da Semana Lixo Zero – Como parte da Semana Lixo Zero, o jardineiro Sebastião Martins Vidal ministrou a oficina de composteiras caseiras, técnica que reduz o lixo orgânico nos aterros e, assim, diminui os gases que provocam o efeito estufa. A compostagem é amplamente utilizada na agricultura familiar e pode ser utilizada nos ambientes urbanos, já que necessita de pouco espaço. No processo da compostagem, é gerado o húmus, matéria orgânica rica que serve de adubo para as plantas. Cerca de 50 composteiras, feitas com os galões de suco dos restaurantes universitários, foram distribuídas após a oficina. “Com esse tipo de composteira que nós estamos fazendo aqui já vai ser umas duas toneladas de cascas que não vão para o lixo”, explicou Sebastião, que também formulou uma cartilha explicando o passo a passo da compostagem.

O jardineiro Sebastião Vidal ministra oficina de compostagem caseira, técnica que utiliza matéria orgânica para produção de húmus.

O jardineiro, conhecido no campus como o “jardineiro-poeta”, também contou que realiza ações durante todo o ano no âmbito da educação ambiental, principalmente com crianças. “Faço um trabalho consciente e lúdico com as crianças. Tiro um pouco eles da formalidade para eles irem para uma coisa mais prática, colocar a mão na massa. E gosto também de contar histórias e envolver a poesia, por isso que meu apelido envolve plantas e poesia”. Com 82 anos, Sebastião não pretende parar o seu trabalho, que une a poesia e o conhecimento ambiental para trazer impactos positivos dentro e fora da Unicamp. “A intenção é fazer uma rede”, relata.

Outra atividade da Semana Lixo Zero foi a entrega de cerca de 50 mudas de árvores, organizada pelo Centro de Saúde da Comunidade (Cecom). Funcionários, docentes e estudantes puderam adotar amoreiras, acácias, aroeiras, uvais e ibiruçus, entre outras espécies, mediante um termo de comprometimento com o cuidado da planta. Além dessa ação, o Cecom promoveu palestras de sensibilização sobre o descarte e gerenciamento de resíduos e tem atividades que ocorrem ao longo do ano.

Ação no Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) distribuiu mudas de árvores para a comunidade acadêmica.

Rôse Clélia Grion Trevisane, coordenadora adjunta do Cecom, assinala que o Centro possui o Grupo de Gestão Ambiental (GGA), formado por uma equipe multidisciplinar. “Existe um trabalho integrado, partilhado e de troca de experiências. Iniciou pela separação, com a segregação dos resíduos, e hoje se expandiu”, explica. Rôse também conta que a dedicação com a questão ambiental existe desde 1996 no Cecom, com um trabalho interdisciplinar que ela avalia como fundamental para o sucesso das ações.

Ações disseminam-se na Unicamp – As ações de promoção da sustentabilidade não acontecem somente na Semana do Lixo Zero, mas também de forma contínua, para que a sensibilização seja permanente e gere uma mudança de atitude frente à produção de lixo. Aproximadamente 120 facilitadores atuam nas unidades da Unicamp para desenvolver uma interlocução com o GGUS. Eles também são responsáveis pela formação e difusão do conhecimento na unidade.

Além disso, através das oito câmaras técnicas do GGUS, são efetivadas medidas em diversos eixos da sustentabilidade. Com relação aos recursos hídricos, por exemplo, houve a substituição de torneiras e de válvulas dos banheiros por modelos econômicos e planeja-se o reaproveitamento da água da chuva. Maria Gineusa também evidencia que, somente com a educação ambiental, houve uma redução de 15% no desperdício de água desde 2014, quando houve a crise hídrica no estado de São Paulo.

No âmbito do uso de energia, há o projeto Campus Sustentável, voltado para a utilização de energia renovável. Com a instalação de placas de captação de energia solar fotovoltaica, a instituição visa tornar-se um modelo de eficiência energética. Além de ampliar a utilização de uma fonte de energia renovável e limpa, sem geração de poluentes, a Unicamp também passa a economizar com o custo da contas de eletricidade.

O GGUS também está atuando nos indicadores de sustentabilidade para que a Unicamp passe a integrar o ranking GreenMetric. “Nós queremos que ela seja referência nacional e internacional nessa questão”, assinala Maria Gineusa.

Por Liana Coll, para o Portal da Unicamp

Depi lança pesquisa sobre uso de plástico na Unicamp

Aproveitando a segunda edição da Semana Lixo Zero, que acontece na Unicamp de 16 a 23 de setembro, a Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI) desenvolveu um formulário para conhecer a opinião da comunidade da Unicamp sobre o uso de papel e plástico. A partir do resultado da pesquisa será possível alinhar as diretrizes do Plano Diretor Integrado da Unicamp. O questionário está disponível no link.

A redução do uso de plástico, especialmente os chamados de uso único, é um dos grandes desafios da educação ambiental. Reportagem publicada na revista Pesquisa Fapesp traz a informação de que os produtos plásticos de uso único, aqueles com vida útil efêmera, são a maior preocupação dos ambientalistas, por serem descartados imediatamente após sua utilização. Entre 35% e 40% da produção atual é composta por esse tipo de material, nos quais se incluem copos, sacolas, canudos, embalagens e talheres descartáveis. Os demais são produtos de longa duração, uma gama diversificada de itens que vai de celulares a peças automotivas, de tubulações para água e esgoto a equipamentos médicos e de informática. Em entrevista para a revista, o professor do Instituto de Química da Unicamp, Salomão Munir Skaf, afirmou que a poluição por materiais plásticos é um grave problema ambiental e requer, para seu enfrentamento, três abordagens complementares: a drástica redução do uso, a substituição por novos materiais (com características similares ao plástico sintético) facilmente degradáveis e a destinação adequada dos resíduos, via coleta e reciclagem.

A Unicamp, por meio do Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS), promove e incentiva ações para reduzir o uso de plásticos de uso único.  A equipe de georreferenciamento localizou essas iniciativas no Mapa Lixo Zero.

Ao longo da Semana Lixo Zero, diversas unidades de ensino e núcleos administrativos vão abolir o uso de copos plásticos. Durante o Fórum Permanente sobre o Hub Internacional sobre o Desenvolvimento Sustentável (HIDS), que acontece na próxima segunda feira, dia 16 de setembro, os copos que seriam utilizados no café serão substituídos por xícaras de porcelana.

No vídeo abaixo, conheça alguns informações sobre a questão do plástico no mundo.

Área do Plano Diretor Integrado tem vaga para estágio

A área que coordena o Plano Diretor Integrado (PD-Integrado), coordenado pela DEPI, tem uma vaga de estágio aberta.

Podem se candidatar alunos dos cursos de arquitetura e urbanismo e engenharia civil matriculados em instituição de
Ensino reconhecida pelo MEC, e que, no 2º semestre do ano de 2019, estejam cursando a partir do 5º semestre do
curso.

A inscrição deve ser feita via internet, no endereço eletrônico http://www.dgrh.unicamp.br, no período entre 08:00 horas do dia 26/08/2019 e 17:00 horas do dia 09/09/2019, observado o horário de Brasília/DF.

Para acessar o edital completo, clique aqui.

Mudança no horário da primeira oficina sobre novo modelo de gestão de empreendimentos

Atenção! A primeira oficina para apresentação do novo modelo de gestão de empreendimentos, marcada para amanhã, dia 27, vai ter início às 14h e não às 9h como foi anunciado anteriormente. A oficina acontece no Auditório do GGBS.

O público-alvo são assistentes técnicos, responsáveis pela manutenção/obras das Unidades/Órgãos e demais profissionais envolvidos no assunto.

Durante a oficina a equipe da DEPI vai expor os novos procedimentos para análise e aprovação de obras e novos empreendimentos na universidade, incluindo a Solicitação Eletrônica de Obras.

Não é necessária inscrição para participar.

Atenção: as solicitações de obra que constam da Planilha Consolidada de Prioridades da PRDU e que ainda não foram priorizadas dentro do novo modelo (listagem também disponível no site https://www.depi.unicamp.br/gestao-de-empreendimentos-nova/), serão devolvidas aos solicitantes para que reavaliem suas demandas e reapresentem-nas na forma eletrônica. Por isso, a participação nas oficinas é de fundamental importância.

Em caso de dúvidas, entre em contato:

Equipe Gestão de Empreendimentos/DEPI

Wellington Oliveira – Ramal 15694

Lina Nakata – Ramal 14104

www.depi.unicamp.br/gestao-de-empreendimentos

Depi organiza oficinas para apresentar novo modelo de gestão de empreendimentos na Unicamp

Conforme Deliberação CONSU A-019-2019 que dispõe sobre os procedimentos para análise e aprovação de obras e novos empreendimentos na Unicamp, a Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI) está implantando as ferramentas do novo modelo de gestão de obras.

Com objetivo de esclarecer a comunidade sobre os o novo modelo e ferramentas para gestão de obras e solicitação de novos empreendimentos, a DEPI está organizando uma série de oficinas que vão explicar entre outras coisas sobre a Solicitação eletrônica de obras que será necessária para registro e acompanhamento das demandas de obras no novo modelo. De acordo com Wellington Oliveira, da equipe de gestão de empreendimentos, a novo modelo de solicitação será mais abrangente que os formulários impressos anteriores. “Nas oficinas vamos detalhar a nova sistemática à comunidade e mostrar como vai funcionar a solicitação eletrônica de obras, dar instruções de preenchimento e de acompanhamento da solicitação, além de esclarecer dúvidas gerais”, disse.

Serão três oficinas e não é preciso fazer inscrição para participar:

Terça-feira, 27/08/2019 às 9h

Terça-feira, 10/09/2019 às 14h

Segunda-feira, 16/09/2019 às 14h

Local: Auditório do GGBS – Prédio da DGA

Público-alvo: assistentes técnicos, responsáveis pela manutenção/obras das Unidades/Órgãos e demais profissionais envolvidos no assunto.

Atenção: as solicitações de obra que constam da Planilha Consolidada de Prioridades da PRDU e que ainda não foram priorizadas dentro do novo modelo (listagem também disponível no site https://www.depi.unicamp.br/gestao-de-empreendimentos-nova/), serão devolvidas aos solicitantes para que reavaliem suas demandas e reapresentem-nas na forma eletrônica. Por isso, a participação nas oficinas é de fundamental importância.

Em caso de dúvidas, entre em contato:

Equipe Gestão de Empreendimentos/DEPI

Wellington Oliveira – ramal 15694

Lina Nakata – ramal 14104

www.depi.unicamp.br/gestao-de-empreendimentos