maio 2022

Obras de construção do Teatro Laboratório do Instituto de Artes serão retomadas

Suspensas desde 2013, as obras de construção do Teatro Laboratório do Instituto de Artes serão retomadas, anunciou o reitor Antonio José de Almeida Meirelles na quinta-feira (28) em reunião da congregação do IA. O espaço deverá ser transformado em Centro Cultural, abrigando, além do teatro, os acervos da história do Instituto de Artes e do departamento de Artes Cênicas e uma área para exposições do Museu de Artes Visuais (MAV).

De acordo com o reitor, recursos de R$ 25 milhões foram alocados no Plano Plurianual para a conclusão do teatro. Uma verba de R$ 1 milhão já está empenhada para a contratação de projetos complementares, como rede elétrica, sistema hidráulico, climatização e urbanização. Assim que concluídos, será iniciado o processo de licitação.

O custo total da construção está estimado em R$ 23 milhões. A expectativa é de que a obra esteja concluída no final de 2025 ou início de 2026.

“Como obra de grande vulto, ela exige uma etapa preliminar, os projetos de finalização. É a essa etapa que estamos dando início agora, mas com recursos já pré-planejados para a realização completa da obra. Há dificuldades em imprimir rapidez nisso, mas a meta é garantir que ela não vai parar novamente. Vamos terminar essa obra”, garantiu.

Além da verba reservada no Plano Plurianual, a reitoria conta com uma alternativa, pois o projeto de construção foi habilitado para captação de recursos por meio da Lei de Incentivo à Cultura, a chamada Lei Rouanet.

O plano é fazer com que as duas fontes de recurso corram em paralelo. “Pusemos os ovos em duas cestas e, com isso, as chances são muito maiores”, explicou o reitor.

Meirelles avalia que as leis de incentivo devem ser mais exploradas pela universidade.

“Esse tipo de recurso é parte do orçamento da Unicamp, mas as possibilidades hoje existentes nas áreas de Cultura, Esportes e outras são maiores do que conseguimos aproveitar”, avalia.

“Se conseguirmos financiamento pela lei de incentivo será ótimo, porque vamos economizar nosso orçamento. Se não, o dinheiro já está reservado”, explica Talita Mendes, assessora da Depi (Diretoria Executiva de Planejamento Integrado) da Unicamp.

Segundo ela, a verba proveniente da lei de incentivo pode ser liberada com maior rapidez, já que a empresa prestadora do serviço não está submetida a eventuais restrições da legislação aplicada no serviço público.

A Unicamp está realizando, neste momento, obras de drenagem e reforma da cobertura  na área do teatro, trabalhos iniciados no ano passado.

“Isso é algo muito esperado pela comunidade. Se olharmos para 2019, quando não havia perspectivas, é motivo de grande alegria sabermos que o processo de retomada da obra está nesse estágio”, disse o diretor do Instituto de Artes, Paulo Ronqui. 

Segundo ele, a partir de agosto deverá ser deflagrada uma ampla campanha pela captação de recursos.

O teatro

O Teatro Laboratório do Instituto de Artes começou a ser instalado há nove anos em uma área de 4,8 mil metros quadrados no campus de Barão Geraldo. Escolhido por meio de concurso, o projeto foi aprovado em 2001, mas o Projeto Executivo – fase em que são detalhados os elementos necessários para a execução completa da obra –  só foi concluído em 2008.

As obras tiveram início apenas em 2011 e foram paralisadas dois anos depois em razão de falhas de estrutura e da ausência de projetos complementares..

De acordo com Talita Mendes, em 2015 foi realizado um trabalho de reforço na estrutura do prédio; em 2018, um laudo emitido por especialistas da Unicamp atestou a segurança da edificação. Até agora foram gastos R$ 8,6 milhões no projeto.

Notícia original em https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2022/05/02/reitor-anuncia-retomada-das-obras-do-teatro-laboratorio-da-unicamp

Autor

Tote Nunes

Fotos

Antonio Scarpinetti

Edição de imagem

Alex Calixto

Iniciada a obra de Conclusão do Centro Paulista de Pesquisa em Bioenergia

A obra consiste na reforma do antigo CT e na construção de um prédio para abrigar o Centro Paulista de Pesquisa em Bioenergia do NIPE/Unicamp.

O Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético é hoje um elemento fundamental da estratégia de consolidação e crescimento das áreas interdisciplinares de planejamento energético e bioenergia na UNICAMP, buscando ser o elo de integração entre a pesquisa científica e aplicada, pública e privada, com base no tripé da sustentabilidade. 

Ao todo, serão mais de 6.000 m² entre laboratórios e edifício sede e o prédio contará com sistema de climatização, subestação de energia e elevador.

Valor da Obra: R$13.580.980,00 

Prazo de Execução: 300 dias

Data de início: 04/04/2022.

Parceria UNICAMP e Comgás mediada pela DEPI oferecerá economia e redução de emissões de gases

Parceria entre a Unicamp e a Comgás teve cerimônia realizada nesta terça-feira (26) e irá  substituir o gás liquefeito de petróleo (GLP) e o óleo diesel pelo gás natural canalizado. Com isso, haverá uma redução anual de 10,1% no índice de emissão de gases de efeito estufa na universidade.

O novo sistema será empregado em seis unidades do campus de Barão Geraldo:  Hospital de Clínicas (HC), Hospital da Mulher (Caism), Faculdades de Engenharia de Alimentos (FEA) e de Educação Física (FEF) e dois dos três refeitórios universitários (RU e RS). No caso do RU, o óleo diesel utilizado para aquecer a caldeira será também substituído.

A equipe do GEARE (Gestão Ambiental e de Resíduos) ligada à DEPI, é responsável, entre outras atividades, por toda a comunicação oficial com a CETESB por parte da Unicamp, estando à frente do processo de Licença Ambiental da Universidade.

Em 2019, a Cetesb recomendou o afastamento da rede de gás GLP (gás liquefeito de petróleo) da área do HC, ou a substituição deste por gás natural. O HC iniciou conversas com a Comgás, atual concessionária de gás natural em Campinas, para realizar estudos para tal. A Comgás não demonstrou interesse em executar a expansão da rede de gás até a Unicamp para atender apenas ao HC, e realizou um estudo de viabilidade para atender também a outros pontos de consumo dentro do campus. Foram realizadas visitas técnicas nas Unidades e reuniões remotas para apresentação da proposta com todos os envolvidos.

Todo esse processo foi conduzido pela assessora da DEPI, Talita Mendes, junto à Comgás e as Unidades, com aprovação da estratégia pela COPEI – Comissão de Planejamento Estratégico Institucional. Posteriormente, a Coordenadoria de Sustentabilidade da DEPI, na pessoa da Arq. Thalita Dalbelo, realizou junto com a Comgás as estimativas relativas à diminuição da emissão de gases de efeito estufa oriunda dessa implantação.

Alguns benefícios na substituição do GLP por GN:

– Exclusão dos riscos ambientais e de segurança apresentados pelo uso do gás liquefeito de petróleo devido a forma de armazenamento e distribuição em botijões;

– Logística facilitada em relação aos pedidos de fornecimento, transporte e armazenamento;

– Economia financeira estimada na ordem de R$ 200.000,00 ao ano para a universidade;

– O GN substitui o GLP dessas 6 unidades e também o diesel utilizados na caldeira do RU;

– A Comgás doou novos queimadores para o RU, adaptados para GN e com maior eficiência;

– A Unicamp deixa de realizar processos licitatórios para aquisição do GLP pelas Unidades, facilitando o processo;

– Manutenção da rede é por conta da Comgás, incluindo atendimentos de emergência;

– As recomendações do Corpo de Bombeiros e da CETESB são voltadas para o uso de gás natural canalizado como substituição ao gás liquefeito de petróleo, de forma que a Unicamp atenderia algumas das solicitações para obtenção do AVCB de alguns edifícios e da renovação da Licença de Operação da área da saúde.

– O GN é um combustível originário de matéria orgânica sedimentar e pode ser obtido através da queima de biomassa, com purificação do biogás gerado pela decomposição de matéria orgânica (nesse caso, combustível renovável) ou através de reservas subterrâneas originadas pela decomposição de matéria orgânica sedimentar (nessa caso, combustível não-renovável) e comumente associado ao petróleo.

– O GN canalizado distribuído pela Comgas é de origem fóssil e, por isso, não representa uma fonte de energia renovável. Apresenta, além da segurança contra os riscos, a vantagem do transporte sustentável, pois a canalização elimina a necessidade da distribuição por caminhões.

– Em relação aos ODS, o uso de GN canalizado está associado ao ODS 11-Cidades e comunidades e comunidades sustentáveis, devido a redução de riscos ambientais e pessoais; ao ODS 12-Consumo e Produção Responsáveis, devido a distribuição contínua e a não armazenamento e ao ODS 13-Combate às alterações climáticas, devido a canalização, que reduz a quantidade de veículos/caminhões nas ruas e, consequentemente, reduz a emissão de gases de efeito estufa.

Três unidades – FEA, FEF e RU – já estão utilizando o gás natural fornecido pela Comgás. As outras três – HC, Caism e RS – ainda deverão concluir suas adaptações internas para conectar-se à rede da concessionária.

O reitor da Unicamp, Antônio José de Almeida Meirelles, disse que a parceria com a Comgás reafirma a agenda de sustentabilidade defendida pela universidade.

Reitor Antonio Meirelles e Carla Sautchuck, diretora de Operações e Serviços da Comgás: redução anual de 10,1% no índice de emissão de gases de efeito estufa na universidade

“Acreditamos na possibilidade de alinharmos duas agendas: uma delas, muito forte no setor privado, é a preocupação com as questões ambiental, social e de governança. A outra, que vem das organizações multilaterais, hoje atentamente observada pelas instituições públicas, é a chamada agenda 20/30, os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU”, disse o reitor.

“Podemos alinhar boa parte da sociedade em torno dessas metas, não mais centradas exclusivamente na questão ambiental, mas entendendo a sustentabilidade como algo que exige inclusão, eficiência econômica e cuidado com o meio ambiente no sentido mais amplo”, concluiu.

A coordenadora geral da Universidade, Maria Luiza Moretti, disse que, além da eficiência na gestão, a instalação do gás natural irá promover estudos e pesquisas em conjunto entre a universidade e a empresa. Segundo ela, a busca por processos que gerem diminuição da emissão de poluentes na atmosfera “reafirma a preocupação da academia quanto ao impacto da ciência na sociedade”.

“O gás natural tem muito a contribuir com a agenda de sustentabilidade. São incontáveis os seus benefícios como substituto para os equipamentos a diesel, GLP e óleo combustível, mais poluentes”, afirma Adriano Zerbini, diretor Institucional, de Comunicação e Sustentabilidade da Comgás.

Reitor Antonio Meirelles, diretor Institucional da Comgás, Adriano Zerbini e coordenadora geral, Maria Luiza Moretti: eficiência na gestão e estudos e pesquisas em conjunto entre a universidade e a empresa

Com trechos da notícia original de Tote Nunes, Fotos: Antonio Scarpinetti; Edição de imagem: Paulo Cavalheri

Link para notícia no portal UNICAMP: https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2022/04/26/parceria-da-unicamp-e-comgas-ira-reduzir-em-101-emissao-de-gases-de-efeito