Reunião Geral da DEPI busca integrar equipe

A Diretoria Executiva de Planejamento Integrado, DEPI, foi criada em 2017 (Resolução GR-027/2017) para detectar e integrar os diversos níveis de planejamento dos órgãos da universidade, prospectar cenários sobre as formas de atuação da Universidade no longo prazo e propor aos demais órgãos de planejamento e ao CONSU um Plano de Desenvolvimento que possa conduzi-la ao cenário mais próximo do desejado.

Para informar seus colaboradores sobre o andamento dos diversos projetos, programas, sobre as ações das Câmaras Técnicas e promover maior aproximação entre a equipe, a diretoria da DEPI têm organizado reuniões gerais de integração. A primeira aconteceu no dia 13 de maio e a segunda, no dia 12 de junho. “Trata-se de um processo de aprendizado para todos”, afirmou o diretor da Depi, Prof. Dr. Marco Aurelio Pinheiro Lima, destacando a importância de comunicação do status dos diversos programas para todos os membros da equipe.

O novo modelo de Gestão de Empreendimentos na Unicamp foi apresentado por Talita Mendes e Wellington de Oliveira. De acordo com Mendes, “a construção do novo modelo deve aprimorar o atual, possibilitando o uso mais eficiente do orçamento para obras na Universidade”, afirmou Talita. Ele está baseado em uma forte integração entre o planejamento e o investimento em obras. “Antes de iniciar qualquer obra, todos os cursos têm que ser avaliados”, disse Talita. As demandas de obras são submetidas à uma análise de prioridades, por meio de um processo de decisão baseado em metodologias multicritérios. De acordo com o Wellington de Oliveira, essa análise estabelece notas para cada critério e faz um tipo de ranking cujo resultado é uma lista de prioridades. O novo modelo de gestão de empreendimentos prevê a criação de um formulário eletrônico para solicitação e acompanhamento das obras na universidade.

A arquiteta Thalita Dalbelo apresentou a versão atual do Plano Diretor Integrado que está sendo elaborado pela Depi. Atualmente em sua versão 1.2, o PD-Integrado tem como missão integrar a gestão da Unicamp como universidade sustentável ao planejamento do seu uso e ocupação. Ela destacou que essa integração considera os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e envolve a participação de todos os atores sociais da Unicamp e de seu entorno. Dalbelo também está coordenando as ações da Universidade para compor o ranking Green Metrics, que tem como objetivo apontar a condição atual e as politicas relacionadas à sustentabilidade nas universidades de todo o mundo. “Esse esforço é importante para entender como estamos agora e, então, definir o que fazer para melhorar nossos indicadores”, disse ela.

O Programa de Georreferenciamento do Acervo Físico e Humano da Unicamp (DEPI-GEO) foi apresentado pelo geógrafo Vanderlei Braga. O programa está classificando todos os prédios do campus de Campinas e de Limeira com objetivo de criar uma base de dados de patrimônio que poderá ser relacionada com outras bases de dados, constituindo uma ferramenta de planejamento e tomada de decisão. A ferramenta de georreferenciamento também tem sido usada para criar mapas com o perfil dos candidatos ao vestibular da Unicamp.

O assessor da Depi, o economista Marcelo Cunha, falou sobre o projeto da criação do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS). “Esse projeto compõe uma política da universidade de aproximação cada vez maior ao tema do desenvolvimento sustentável, alinhada a uma perspectiva de longo prazo”, disse.

O Grupo Gestor Campus Sustentável (GGUS) é responsável por planejar, desenvolver, viabilizar institucionalmente e gerenciar as ações, projetos e programa institucionais que digam respeito à sustentabilidade socioambiental. “Nossa visão é que a Unicamp seja uma referência como universidade sustentável”, afirmou Maria Gineuza de Souza, da equipe do GGUS. Em sua apresentação ela elencou algumas das ações do Grupo, como por exemplo, o trote da cidadania, as ações em torno do Dia Mundial da Água e da Semana do Meio Ambiente. “Nosso objetivo é sensibilizar as pessoas a ter uma atitude sustentável”, disse.

O professor da FEEC, Luiz Carlos Pereira da Silva, apresentou resultados do projeto Campus Sustentável com destaque para a instalação das placas fotovoltaicas no Ginásio Multidisciplinar.

A Câmara Técnica de Campus Inteligente foi criada em 2018. A coordenadora dessa Câmara, a Profa. Dra. Juliana Freitag Borin, explicou que essa Câmara está em fase de planejamento, com a criação de um plano de gestão com objetivo de criar diretrizes para integrar soluções de cidades inteligentes. “Nossa contribuição deve ser transversal e prevemos grande participação no HIDS”, disse a professora do do Instituto de Computação.

A Profa. Dra. Maria do Carmo E. Amaral, professora do Instituto de Biologia apresentou as ações da Câmara Técnica de Gestão de Fauna e Flora, grupo de trabalho que tem entre suas diretrizes garantir a conservação e a biodiversidade da cobertura vegetal dos campi e sua fauna associada. A professora destacou a elaboração de um projeto de criação de um Jardim Botânico na Unicamp. “Essa pode ser uma ferramenta de divulgação científica para popularizar o conhecimento sobre plantas”, pontuou.

O coordenador da Câmara Técnica de Gestão de Recursos Hídricos, Prof. Dr. Antonio Carlos Zuffo, falou sobre as diretrizes de trabalho dessa Câmara Técnica que busca empreender ações para o uso racional da água nos campi da Unicamp. Ele destacou projeto para encontrar fontes alternativas de captação de água, inclusive na Fazenda Argentina. “Vamos fazer ensaios geofísicos para investigar se esse território tem ou não potencial nesse sentido”, disse Zuffo.

A gestão de resíduos sólidos na Unicamp foi o tema da apresentação de Regina Micaroni. Ela explicou como funcionam os processos de destinação de diferentes tipos de resíduos produzidos na Universidade, que incluem resíduos químicos perigosos, resíduos de formol, pilhas e baterias, aerossóis, amianto, entre outros. Valdir Dezan, mostrou como será a gestão de obras na Unicamp a partir da implantação da plataforma BIM, sigla para Building Information Modeling. “A introdução dessa tecnologia vai possibilitar estabelecer modelos construtivos  – como em uma maquele eletrônica – e, com isso, verificar e sanar problemas antes da edificação propriamente dita”, explicou Dezan. “A grande vantagem é a redução de custos”, complementou. Segundo ele, a introdução da tecnologia na Unicamp envolve a criação de um projeto piloto para a CPO, Ceproj, HC, Prefeitura do Campus e SAR (Limeira). Até o fim de 2020 ocorre a fase de treinamento e capacitação e início do uso em 2020.

A Coordenadoria de Projetos e Obras (CPO) foi incorporada à Depi em 2018. Sua missão é planejar, projetar, fiscalizar, executar e gerenciar empreendimentos de engenharia civil de forma técnica, legal, ética e sustentável, contribuindo para a melhoria do espaço físico da Universidade. A engenheira da CPO, Marcela Candian Paduelli, destacou as principais atividades dessa área, como por exemplo, cadastro de obras, estimativas de custos de obras, análise técnica durante o processo licitatório, em todas as suas modalidades, coordenar e administrar os relatórios gerenciais dos contratos em andamento e concluídos de obras, entre outros.

As apresentações feitas ao longo das duas reuniões podem ser consultadas abaixo.

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