DEPI cria mapa interativo para acompanhar casos de coronavirus

A Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI), por meio da Coordenadoria de Serviço de Georreferenciamento, em parceria com a Diretoria Executiva da Área de Saúde (DEAS), criou um mapa interativo (web map) dos casos de Covid-19 que estão sendo atendidos nos hospitais da Unicamp. O objetivo é entender como está acontecendo a disseminação dos casos de Covid-19 e sua distribuição no território. “O Hospital das Clínicas e a área de saúde da Unicamp atendem toda a macrorregião de Campinas. Não tínhamos nenhuma ferramenta visual para mostrar essa abrangência. Esse mapeamento está sendo importante nesse sentido, para mostrar para a sociedade e para o governo a extensão da nossa área de atuação”, disse o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel.

O web map disponibiliza informações geográficas de forma interativa a partir de camadas de dados – os casos de Covid-19 que foram atendidos no Hospital das Clínicas da Unicamp, Cecom e Caism – e um conjunto de informações específicas de cada caso. A equipe da Coordenadoria de Georreferenciamento da DEPI faz o tratamento e geocodificação desses dados, gerando diversos pontos da localização dos casos em várias cidades. “O mapeamento detalhado destes casos pode subsidiar ações imediatas de combate à disseminação do vírus e de ajuda imediata à população mais vulnerável, além de políticas públicas de médio e longo prazos”, explica Vanderlei Braga, geógrafo e coordenador dessa iniciativa na DEPI. “O principal aprendizado que temos tido com essa parceria é que as soluções para a crise que estamos enfrentando nessa pandemia passam necessariamente pela informação. Esse tem sido o caminho adotado pelos países que estão lidando melhor com esse problema”, afirmou do diretor executivo da DEPI, Prof. Dr. Marco Aurelio Pinheiro Lima.

Os dados para alimentar o web map estão sendo cedidas pela Diretoria Executiva da Área de Saúde (DEAS), que organizou uma planilha com os dados de todos os pacientes, a partir do primeiro caso confirmado no Hospital das Clínicas, cujo início dos sintomas foi em 3 de março. “As unidades assistenciais da Unicamp – Hospital das Clínicas, CECOM e CAISM – atendem os pacientes e passam dados sobre os casos para a DEAS. A Diretoria, então, organiza as informações em planilhas e encaminha para a DEPI para a realização do georreferenciamento, respeitando sempre a privacidade do paciente”, explicou o diretor executivo da DEAS, Prof. Dr. Manoel Barros Bertolo. “A identificação da região onde vivem os pacientes com Covid-19 é importante porque podemos analisar, do ponto de vista epidemiológico, o ambiente que eles frequentam. Isso possibilita adotar medidas preventivas contra a disseminação do vírus”, detalha médico, que também é professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

Na DEPI, os dados coletados pela DEAS são transformados em pontos em um mapa interativo. “Isso é feito por meio de um procedimento chamado geocodificação, no qual é possível transformar dados tabulares em pontos georreferenciados em um mapa”, explicou Marcelo Albieri, geógrafo que compõe a equipe desse projeto na DEPI. O web map é temático, ou seja, as cores representam as faixas de idade dos pacientes e as formas representam o hospital atendido. Após isso, o mapa é publicado em formato de dashboard (painel de controle), juntamente com indicadores de contagem dos casos e gráficos, utilizando a plataforma ArcGIS.

Um dos resultados do trabalho foi gerar um mapa de calor dinâmico. “Esse mapa mostra alguns padrões de concentração territorial dos casos confirmados e possíveis tendências de disseminação do vírus nas escalas local e regional”, explica Vanderlei. Até o dia 04 de maio, 119 casos foram confirmados com um óbito. A maioria são mulheres, 69,7% dos casos, com idade entre 40 e 60 anos.

Dentre as regiões de maior concentração destaca-se a região do Jardim Santa Genebra e Mansões Santo Antônio, com nove casos confirmados e que foram atendidos pelo Cecom. Estas informações podem ajudar, por exemplo, a orientar a adoção de medidas para conter a disseminação nessas áreas. “As conclusões também podem ajudar a identificar se determinada região apresenta um número anormal de casos de Covid-19”, aponta Bertolo. “Especificamente no caso da pandemia de Covid-19, esse mapeamento será também fundamental para acompanhar a evolução da pandemia e como estão os casos em nossa região”, afirmou Marcelo Knobel.

Atualizado diariamente, o web map pode ser acessado na página da Unicamp sobre o Covid-19 ou diretamente na versão desktop e na versão mobile.

Por Patricia Mariuzzo

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