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Unicamp inicia campanha para arrecadar e distribuir cestas básicas

Diante da atual situação de pandemia da COVID-19, provocada pelo vírus SARSCoV-2, a Unicamp, toma a iniciativa de coordenar uma campanha para arrecadação de recursos para aquisição e distribuição de cestas básicas para a população em situação de vulnerabilidade da cidade de Campinas. A campanha conta com a parceria da Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos (SMASDH) que faz a gestão de entregas do Banco de Alimentos de Campinas. A iniciativa será coordenada pela Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI) da Unicamp, com apoio da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (FUNCAMP).

O objetivo da Campanha Unicamp Solidária é ajudar a população mais vulnerável da cidade que, por conta das medidas de isolamento social, não pode trabalhar e enfrenta dificuldades para adquirir alimentos e produtos básicos para o dia a dia, como produtos de higiene, por exemplo, fundamentais para conter a disseminação do vírus. Trata-se de estabelecer ações de engajamento da comunidade da Unicamp e de seus parceiros, a partir da crença de que todos podem ajudar, mesmo sem sair de casa.

“A Universidade pode e precisa se envolver nestas ações sociais, pois podemos agregar muito valor para ajudar as prefeituras e instituições que estão trabalhando nisso de uma maneira muito importante há algum tempo, mas que agora se torna fundamental. Certamente teremos pessoas muito vulneráveis, que estão já passando fome e necessidades de higiene básica fundamentais. Esperamos juntar a nossa comunidade, empresas e instituições em torno de uma causa comum e mais do que necessária. A Universidade precisa estar cada vez mais próxima da sociedade”, declarou Marcelo Knobel, reitor da Unicamp.

Para colaborar basta entrar no site http://www.funcamp.unicamp.br/portal/campanha/index.htm e digitar o valor que deseja doar e a forma de pagamento (transferência, boleto bancário ou cartão de crédito).

Com os recursos arrecadados, a Funcamp vai adquirir cestas básicas junto a estabelecimentos comerciais que vão entregar as cestas diretamente no Banco de Alimentos de Campinas. A Funcamp prestará conta cotidianamente do valor arrecadado e do número de cestas básicas adquiridas e entregues ao Banco de Alimentos.

A partir do entendimento de que a distribuição de itens de primeira necessidade, como cestas básicas, é uma ação emergencial que faz a diferença para as populações mais atingidas no contexto de pandemia, o Itaú Social dá início à Campanha, com uma doação de R$ 1,2 milhão. O Itaú Social é uma das frentes de investimento social do banco Itaú. A instituição desenvolve, implementa e compartilha tecnologias sociais para contribuir com a melhoria da educação pública brasileira.

Além do Itaú Social, outras empresas também já aderiram à Campanha, como o von Braun Labs, iFood e o projeto “Comemos”. Conforme explica o professor Marco Aurelio Pinheiro Lima, diretor executivo da DEPI, a meta principal desta campanha é fortalecer as ações sociais já existentes. O doador deposita na conta da Funcamp, a Funcamp compra as cestas básicas e entrega no Banco de Alimentos, cuja gestão é da Secretaria de Assistência Social, Pessoas Deficientes, e Direitos Humanos. A secretaria que construiu uma rede de instituições, faz chegar as cestas nas famílias com vulnerabilidade social. A Diretoria Executiva de Planejamento Integrado da Unicamp, com seu programa de georreferenciamento, também se coloca à disposição da secretaria para otimizar o processo de entregas. “Nossos parceiros, IFood, von Braun, Projeto Comemos e Itaú Social aderiram e seguem a mesma estratégia. Temos certeza que muitos outros virão”, afirmou.

HIDS tem potencial para consolidar Campinas como cidade inteligente e sustentável

A vice-reitora da Unicamp, Teresa Atvars, o diretor da DEPI (Diretoria Executiva de Planejamento Integrado da Unicamp) e coordenador do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS – www.hids.unicamp.br), Marco Aurelio Pinheiro Lima, e o diretor da Inova Unicamp, Newton Frateschi, representaram a Unicamp na cerimônia de apresentação do prêmio “Campinas, a cidade mais inteligente e conectada do Brasil“. No evento, o prefeito de Campinas, Jonas Donizetti, compartilhou o bom resultado com diversos setores da sociedade como as universidades, instituições de pesquisa e entidades que representavam empresários e trabalhadores. Donizetti mencionou a importância da criação do HIDS na cidade: “Temos que valorizar essa iniciativa pelo seu potencial de projetar Campinas para o Brasil e para o mundo como uma cidade inteligente e sustentável”, disse.

André von Zuben, secretário de desenvolvimento econômico, social e de turismo, abriu a cerimônia destacando que esta é a primeira vez que uma cidade não capital é eleita como a mais inteligente e conectada do país. O ranking “Connected Smart Cities” é elaborado desde 2015 pela consultoria privada Urban Systems em parceria com a revista Exame. Para compor o ranking foram analisadas 700 cidades, a partir de 70 indicadores distribuídos em 11 setores: mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo e governança. Campinas subiu de 21º lugar na primeira edição, em 2015, para o topo em 2019. Em 2016 obteve o 10º lugar; em 2017 ficou com a 8ª posição e, ano passado, esteve em 4º lugar.

André von Zuben lembrou que destacando que é a primeira vez que uma cidade não capital é eleita como a mais inteligente e conectada do país. Crédito: Divulgação. Crédito da foto do destaque: Luiz Granzotto/Prefeitura

O secretário destacou alguns indicadores que colaboraram para que Campinas conquistasse o primeiro lugar no ranking. A quantidade de fibra óptica instalada: “A prefeitura já instalou mais de 300 quilômetros de fibra óptica e até o final do governo esse número deve chegar a 450 quilômetros de fibra interligando escolas, postos de saúde e postos da guarda municipal”, disse. O fato de a cidade contar com cinco parques tecnológicos, os programas de empreendedorismo e o crescimento no número de empresas de tecnologia também ajudaram a colocar Campinas em posição de destaque no ranking. André von Zuben mencionou ainda o baixo índice de mortes no trânsito, a redução da mortalidade infantil e os investimentos em educação básica, segundo ele, maiores do que a média das cidades do Brasil. “Esse prêmio é um reconhecimento para a cidade como um todo, pelo esforço traduzido em ações, buscando oferecer mais serviços para a população e melhorar os que já existem”, afirmou von Zuben.

E-gov – Em sua fala o prefeito Jonas Donizetti falou sobre o investimento de longo prazo que a prefeitura tem feito em várias secretárias no sentido de aumento o escopo do governo eletrônico ou e-gov (uso das tecnologias da informação tanto nos processos internos do governo quanto na entrega dos produtos e serviços para cidadãos e demais usuários). Donizetti citou vários programas de e-gov implantados pela Prefeitura como, por exemplo, a ARI (Aprovação Responsável Imediata), um sistema de aprovação rápida de projetos de construção de pequeno porte para facilitar a emissão de alvarás para residências e estabelecimentos comerciais de até 500 metros quadrados e prédios institucionais (igrejas, clubes, escolas) de pequeno porte. Campinas possui, ainda, o Portal do Zoneamento On-Line. Criado em 2013, o Portal permite que os cidadãos conheçam, de forma clara, acessível e interativa, a lei de uso e ocupação do solo da cidade; quais são as áreas residenciais, comerciais e mistas; as regras de construção e a inscrição municipal dos imóveis (código cartográfico). De acordo com informações da Prefeitura, o zoneamento on-line tem cerca de 30 mil acessos por mês. Ainda esse ano será implantado sistema de monitoramento com câmeras inteligentes na região central da cidade que permite reconhecimento facial. “Essa é uma parceria iniciada em 2018 com a empresa chinesa Huawei e o CPqD.

Parceria com a Unicamp – Ao final de sua fala o prefeito mencionou a importância a criação de um Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, o HIDS, que vai ocupar um território de mais de 11 milhões de m2. O projeto é uma parceria da Unicamp, Prefeitura de Campinas, Governo do Estado de São Paulo, PUC-Campinas, CPqD e CNPEM. “O BID está concedendo um apoio de US$ 1 milhão a fundo perdido. Temos que valorizar esse projeto que pode projetar Campinas para o país e para o mundo como uma cidade inteligente e sustentável”, finalizou.

Por Patricia Mariuzzo

Depi lança pesquisa sobre uso de plástico na Unicamp

Aproveitando a segunda edição da Semana Lixo Zero, que acontece na Unicamp de 16 a 23 de setembro, a Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI) desenvolveu um formulário para conhecer a opinião da comunidade da Unicamp sobre o uso de papel e plástico. A partir do resultado da pesquisa será possível alinhar as diretrizes do Plano Diretor Integrado da Unicamp. O questionário está disponível no link.

A redução do uso de plástico, especialmente os chamados de uso único, é um dos grandes desafios da educação ambiental. Reportagem publicada na revista Pesquisa Fapesp traz a informação de que os produtos plásticos de uso único, aqueles com vida útil efêmera, são a maior preocupação dos ambientalistas, por serem descartados imediatamente após sua utilização. Entre 35% e 40% da produção atual é composta por esse tipo de material, nos quais se incluem copos, sacolas, canudos, embalagens e talheres descartáveis. Os demais são produtos de longa duração, uma gama diversificada de itens que vai de celulares a peças automotivas, de tubulações para água e esgoto a equipamentos médicos e de informática. Em entrevista para a revista, o professor do Instituto de Química da Unicamp, Salomão Munir Skaf, afirmou que a poluição por materiais plásticos é um grave problema ambiental e requer, para seu enfrentamento, três abordagens complementares: a drástica redução do uso, a substituição por novos materiais (com características similares ao plástico sintético) facilmente degradáveis e a destinação adequada dos resíduos, via coleta e reciclagem.

A Unicamp, por meio do Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS), promove e incentiva ações para reduzir o uso de plásticos de uso único.  A equipe de georreferenciamento localizou essas iniciativas no Mapa Lixo Zero.

Ao longo da Semana Lixo Zero, diversas unidades de ensino e núcleos administrativos vão abolir o uso de copos plásticos. Durante o Fórum Permanente sobre o Hub Internacional sobre o Desenvolvimento Sustentável (HIDS), que acontece na próxima segunda feira, dia 16 de setembro, os copos que seriam utilizados no café serão substituídos por xícaras de porcelana.

No vídeo abaixo, conheça alguns informações sobre a questão do plástico no mundo.

Pesquisa amplia compreensão da percepção ambiental da comunidade da Unicamp

O que a comunidade da Unicamp pensa sobre sustentabilidade? Essa foi a pergunta que guiou uma extensa pesquisa conduzida pela Câmara Técnica de Gestão de Ambiente Urbano (CGTAU) que envolveu os três campi da Universidade e cujos resultados são divulgados agora. Os resultados devem ajudar a construir cenários de futuro pelo Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS), ligado à Diretoria Executiva para Planejamento Integrado (DEPI), e que encomendou o estudo.

A pesquisa foi coordenada pela Prof(a). Dr(a). Emília Rutkowski, da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC). Segundo ela, o método escolhido para analisar um fenômeno complexo como é a sustentabilidade foi a cartografia social. “O mapeamento participativo, ou cartografia social, é um processo de produção de mapas cujo objetivo é tornar visível e espacializar a associação entre o território e as comunidades locais utilizando a linguagem da cartografia. Diferentes símbolos, camadas e escalas podem ser utilizados para apresentar a informação espacial. Podem estar relacionadas a informações detalhadas de determinado local e, portanto, em menor escala, ou compreender uma área maior (e.g., bacias hidrográficas, áreas verdes, etc.), descrevem os autores do relatório final da pesquisa. Ainda de acordo com os autores, o método da cartografia oferece uma representação social e culturalmente distinta, com informações que não aparecem em mapas padronizados. Os mapas gerados a partir de oficinas de discussão oferecem uma ligação entre a localização e as percepções vividas in loco. “Nas oficinas, cada participante apresenta seu entendimento quanto ao espaço vivido, em diálogo com diferentes percepções. É um método que estimula o envolvimento da comunidade, o pensamento crítico e a ação coletiva, uma vez que permite o compartilhamento de experiências individuais e coletivas”, escreveu.

Além disso, para fazer o reconhecimento de padrões de uso e apropriação dos espaços, em todas as oficinas foi utilizada a legenda do Green Map System, um sistema aberto e padronizado de ícones que serve para identificar lugares potencialmente sustentáveis ou desafiantes para a sustentabilidade. “O uso casado da cartografia social com o Green Map System permitiu a construção de mapas verdes. Os ícones do sistema Green Map foram adaptados para o contexto da universidade e dispostos em três eixos: “Modo de vida sustentável”, “Natureza”, “Cultura&Sociedade” e “Riscos e Desafios”. Cada eixo foi dividido em subtemas.

Cultura – Dentro do eixo Cultura, o mapeamento participativo buscou saber a percepção dos participantes sobre, por exemplo, locais de encontro e de estudos, locais amigáveis para idosos, para crianças, bibliotecas etc. E ainda sobre a existência de serviços públicos de infraestrutura de energia, hospitais, pontos de referência, quiosques de informação e estações de tratamento de esgoto. Sobre os locais de estudo no campus da Unicamp em Barão Geraldo, a cartografia social identificou que há quatro manchas mais fortes, sendo a primeira a Biblioteca Central, a segunda, os vários institutos de ciências puras, como o IEL, o IFGW, IQ e o Imecc. A terceira mancha é a FEEC, onde há um corredor de estudos aberto 24 horas. O quarto local é o Ciclo Básico. Em Limeira, foram mapeados dois pontos como locais de encontros sociais na Faculdade de Tecnologia e em Piracicaba, um ponto na área esportiva que fica na parte de trás do campus da Faculdade de Odontologia da Unicamp.

Um dos mapas gerados no projeto Cartografia Social, mostra resultados do eixo sobre cultura.

Já no ícone “Alimentação Saudável”, que compõe o eixo “Modo de vida sustentável”, foram apontados os três restaurantes universitários, a cantina do IA e a Feira da Praça do Ciclo Básico. No Cotuca foi apontada a cantina do colégio e no CPQBA, outros dois pontos.

Mobilidade – Em relação aos ícones “Ciclovias/Bicicletário”, ligados ao eixo “Modo de vida sustentável”, os participantes das oficinas indicaram três locais de presença mais forte desse tipo de infraestrutura: ao redor do Ciclo Básico, na FEF e na Avenida Professor Atílio Martini, fazendo ligação com a Moradia. Ainda em relação ao tema da mobilidade, o local mais apontado como uma zona de precaução – local de tráfego motorizado intenso, com risco para pedestres, bicicletas e outros veículos não motorizados – foi o balão da Avenida Atílio Martini, próximo à FEF, devido ao seu desenho inadequado.

A percepção dos participantes das oficinas é que há perigo nos locais onde há pouca iluminação, em locais vazios e naqueles onde geralmente já se sabe que ocorrem assaltos. Nos prédios mais isolados do campus, a sensação de risco é maior. No campus da Unicamp, o local apontado com o mais perigoso é a entrada pela Casa do Lago e o segundo, a área hospitalar. Locais considerados mais seguros foram as áreas próximas à Reitoria e a área interna da FEF.

A DEPI, através da equipe técnica do Programa de Georreferenciamento do Acervo Físico e Humano da Unicamp (DEPI-GEO), organizou um banco de dados geográficos com todas as informações coletadas nas oficinas e elaborou um dashboard (aplicativo web), com todas as informações classificadas e disponibilizadas em mapas interativos (web maps) conectados de forma dinâmica a gráficos que quantificam a distribuição de cada ícone. O dashboard pode ser acessado em aqui.

“Os resultados das oficinas de cartografia social configuram uma nova fonte de dados acerca dos campi da Unicamp. Por um lado, os dados técnicos existentes ou produzidos academicamente revelam circunstâncias e situações encontradas no espaço físico. De outro, o trabalho realizado no Projeto de Cartografia Social viabiliza uma maior compreensão da percepção ambiental dos usuários deste espaço. Esta leitura diferenciada dá luz ao seu modo de uso, seus conflitos, dificuldades e propostas sob o ponto de vista daqueles que cotidianamente produzem impressões, opiniões e sugestões para este espaço comum”, descreve o relatório final do projeto.

 Por Patricia Mariuzzo

Duas palestras dão início a curso sobre sustentabilidade no IFGW

Como colocar em prática um tipo de desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer o direito a esses mesmos desejos das futuras gerações? Compreender a extensão desse desafio e discutir possíveis soluções estão entre os objetivos da disciplina F014 que tem início na próxima terça feira, 06 de agosto, no Instituto de Física “Gleb Wataghin” (IFGW).

Duas palestras abrem a programação:

Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS), com o Prof. Dr. Marco Aurelio Pinheiro Lima, docente do IFGW, diretor da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI).

Empreendedorismo: startup para o meio ambiente, com Renato Toi, sócio da Baita Aceleradora.

Trata-se de uma disciplina optativa para alunos de toda a universidade, mas as aulas são abertas a toda a comunidade. Mais informações neste link.

Local: Auditório do Instituto de Física.

Reunião Geral da DEPI busca integrar equipe

A Diretoria Executiva de Planejamento Integrado, DEPI, foi criada em 2017 (Resolução GR-027/2017) para detectar e integrar os diversos níveis de planejamento dos órgãos da universidade, prospectar cenários sobre as formas de atuação da Universidade no longo prazo e propor aos demais órgãos de planejamento e ao CONSU um Plano de Desenvolvimento que possa conduzi-la ao cenário mais próximo do desejado.

Para informar seus colaboradores sobre o andamento dos diversos projetos, programas, sobre as ações das Câmaras Técnicas e promover maior aproximação entre a equipe, a diretoria da DEPI têm organizado reuniões gerais de integração. A primeira aconteceu no dia 13 de maio e a segunda, no dia 12 de junho. “Trata-se de um processo de aprendizado para todos”, afirmou o diretor da Depi, Prof. Dr. Marco Aurelio Pinheiro Lima, destacando a importância de comunicação do status dos diversos programas para todos os membros da equipe.

O novo modelo de Gestão de Empreendimentos na Unicamp foi apresentado por Talita Mendes e Wellington de Oliveira. De acordo com Mendes, “a construção do novo modelo deve aprimorar o atual, possibilitando o uso mais eficiente do orçamento para obras na Universidade”, afirmou Talita. Ele está baseado em uma forte integração entre o planejamento e o investimento em obras. “Antes de iniciar qualquer obra, todos os cursos têm que ser avaliados”, disse Talita. As demandas de obras são submetidas à uma análise de prioridades, por meio de um processo de decisão baseado em metodologias multicritérios. De acordo com o Wellington de Oliveira, essa análise estabelece notas para cada critério e faz um tipo de ranking cujo resultado é uma lista de prioridades. O novo modelo de gestão de empreendimentos prevê a criação de um formulário eletrônico para solicitação e acompanhamento das obras na universidade.

A arquiteta Thalita Dalbelo apresentou a versão atual do Plano Diretor Integrado que está sendo elaborado pela Depi. Atualmente em sua versão 1.2, o PD-Integrado tem como missão integrar a gestão da Unicamp como universidade sustentável ao planejamento do seu uso e ocupação. Ela destacou que essa integração considera os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e envolve a participação de todos os atores sociais da Unicamp e de seu entorno. Dalbelo também está coordenando as ações da Universidade para compor o ranking Green Metrics, que tem como objetivo apontar a condição atual e as politicas relacionadas à sustentabilidade nas universidades de todo o mundo. “Esse esforço é importante para entender como estamos agora e, então, definir o que fazer para melhorar nossos indicadores”, disse ela.

O Programa de Georreferenciamento do Acervo Físico e Humano da Unicamp (DEPI-GEO) foi apresentado pelo geógrafo Vanderlei Braga. O programa está classificando todos os prédios do campus de Campinas e de Limeira com objetivo de criar uma base de dados de patrimônio que poderá ser relacionada com outras bases de dados, constituindo uma ferramenta de planejamento e tomada de decisão. A ferramenta de georreferenciamento também tem sido usada para criar mapas com o perfil dos candidatos ao vestibular da Unicamp.

O assessor da Depi, o economista Marcelo Cunha, falou sobre o projeto da criação do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS). “Esse projeto compõe uma política da universidade de aproximação cada vez maior ao tema do desenvolvimento sustentável, alinhada a uma perspectiva de longo prazo”, disse.

O Grupo Gestor Campus Sustentável (GGUS) é responsável por planejar, desenvolver, viabilizar institucionalmente e gerenciar as ações, projetos e programa institucionais que digam respeito à sustentabilidade socioambiental. “Nossa visão é que a Unicamp seja uma referência como universidade sustentável”, afirmou Maria Gineuza de Souza, da equipe do GGUS. Em sua apresentação ela elencou algumas das ações do Grupo, como por exemplo, o trote da cidadania, as ações em torno do Dia Mundial da Água e da Semana do Meio Ambiente. “Nosso objetivo é sensibilizar as pessoas a ter uma atitude sustentável”, disse.

O professor da FEEC, Luiz Carlos Pereira da Silva, apresentou resultados do projeto Campus Sustentável com destaque para a instalação das placas fotovoltaicas no Ginásio Multidisciplinar.

A Câmara Técnica de Campus Inteligente foi criada em 2018. A coordenadora dessa Câmara, a Profa. Dra. Juliana Freitag Borin, explicou que essa Câmara está em fase de planejamento, com a criação de um plano de gestão com objetivo de criar diretrizes para integrar soluções de cidades inteligentes. “Nossa contribuição deve ser transversal e prevemos grande participação no HIDS”, disse a professora do do Instituto de Computação.

A Profa. Dra. Maria do Carmo E. Amaral, professora do Instituto de Biologia apresentou as ações da Câmara Técnica de Gestão de Fauna e Flora, grupo de trabalho que tem entre suas diretrizes garantir a conservação e a biodiversidade da cobertura vegetal dos campi e sua fauna associada. A professora destacou a elaboração de um projeto de criação de um Jardim Botânico na Unicamp. “Essa pode ser uma ferramenta de divulgação científica para popularizar o conhecimento sobre plantas”, pontuou.

O coordenador da Câmara Técnica de Gestão de Recursos Hídricos, Prof. Dr. Antonio Carlos Zuffo, falou sobre as diretrizes de trabalho dessa Câmara Técnica que busca empreender ações para o uso racional da água nos campi da Unicamp. Ele destacou projeto para encontrar fontes alternativas de captação de água, inclusive na Fazenda Argentina. “Vamos fazer ensaios geofísicos para investigar se esse território tem ou não potencial nesse sentido”, disse Zuffo.

A gestão de resíduos sólidos na Unicamp foi o tema da apresentação de Regina Micaroni. Ela explicou como funcionam os processos de destinação de diferentes tipos de resíduos produzidos na Universidade, que incluem resíduos químicos perigosos, resíduos de formol, pilhas e baterias, aerossóis, amianto, entre outros. Valdir Dezan, mostrou como será a gestão de obras na Unicamp a partir da implantação da plataforma BIM, sigla para Building Information Modeling. “A introdução dessa tecnologia vai possibilitar estabelecer modelos construtivos  – como em uma maquele eletrônica – e, com isso, verificar e sanar problemas antes da edificação propriamente dita”, explicou Dezan. “A grande vantagem é a redução de custos”, complementou. Segundo ele, a introdução da tecnologia na Unicamp envolve a criação de um projeto piloto para a CPO, Ceproj, HC, Prefeitura do Campus e SAR (Limeira). Até o fim de 2020 ocorre a fase de treinamento e capacitação e início do uso em 2020.

A Coordenadoria de Projetos e Obras (CPO) foi incorporada à Depi em 2018. Sua missão é planejar, projetar, fiscalizar, executar e gerenciar empreendimentos de engenharia civil de forma técnica, legal, ética e sustentável, contribuindo para a melhoria do espaço físico da Universidade. A engenheira da CPO, Marcela Candian Paduelli, destacou as principais atividades dessa área, como por exemplo, cadastro de obras, estimativas de custos de obras, análise técnica durante o processo licitatório, em todas as suas modalidades, coordenar e administrar os relatórios gerenciais dos contratos em andamento e concluídos de obras, entre outros.

As apresentações feitas ao longo das duas reuniões podem ser consultadas abaixo.

Unicamp presente na Conferência da Rede Internacional de Campus Sustentável

Na próxima semana, de 11 a 14 de junho, acontece a Conferência Anual da Rede Internacional de Campus Sustentável (ISCN – International Sustainable Campus Network), no campus da Universidade de São Paulo (USP). A ISCN é uma associação sem fins lucrativos de faculdades e universidades de renome mundial, representando mais de 30 países que tem como objetivo integrar de forma holística a sustentabilidade nas operações, pesquisa e ensino dos campi em todo o mundo. Desde 2015 a Unicamp faz parte da rede. Os signatários do ISCN / GULF Carta Campus Sustentável reconhecem que as organizações de pesquisa e de ensino superior têm um papel único a desempenhar no desenvolvimento de tecnologias, estratégias, cidadãos e líderes necessários para um futuro mais sustentável. A assinatura da presente Carta representa o compromisso público de uma organização para alinhar suas operações, pesquisa e ensino com o objetivo de sustentabilidade. Os signatários se comprometem a: 1) implementar as três ISCN / GOLFO princípios campus sustentável descritas abaixo, 2) definir metas concretas e mensuráveis ​​para cada um dos três princípios, e se esforçam para alcançá-los,3) e informar regularmente e publicamente sobre o desempenho de suas organizações neste respeito.

O objetivo da Conferência da ISCN 2019 é enfatizar o poder que as parcerias colaborativas podem ter no papel que as IESs desempenham no progresso do desenvolvimento sustentável. Por meio da participação ativa e envolvimento de seus membros e convidados pretende-se compartilhar conhecimento, cultura, modelos e métodos para avançar ainda mais com o compromisso para o desenvolvimento da sustentabilidade. Os benefícios do compartilhamento de experiências irão construir e expandir as relações e redes de especialistas dentro da ISCN e incentivar intercâmbios contínuos ao longo do ano.

No segundo dia do evento, 13 de junho, e dentro do eixo “Mudança cultural e definição de estratégias”, a diretora do Plano Diretor Integrado da Unicamp, Thalita Dalbelo, vai participar o Plano Diretor da Universidade e o projeto do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS).